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Daimler pode acabar com a parceria com a Aliança Renault Nissan Mitsubihsi

By on 22 Abril, 2019

Segundo alguns rumores surgidos no final da semana passada, o novo CEO da Daimler, Ola Kallenius (na imagem) – que vai tomar o lugar de Dieter Zetsche em maio – está a equacionar o fim da parceria com a Aliança Renault Nissan Mitsubishi, justificando a decisão com o massivo programa de redução de custos que a Daimler está prestes a implementar.

Quem lançou a ideia foi a revista alemã “Manager Magazin” que alega que entre as primeiras decisões de Ole Kallenius, após tomar o lugar de Dieter Zetsche, é o fim da parceria entre as duas entidades, não renovando projetos como a Smart ou os motores.

Uma das razões está ligada à situação de Carlos Ghosn, pois desde a prisão do executivo brasileiro que vários projetos ficaram sem evolução, sendo conhecida a amizade entre Zetsche e Ghosn, que acabou por conduzir à parceria estratégica que hoje existe desde 2009.

A lista de produtos partilhados contempla o Mercedes Classe X (um Nissan Navara) e o Smart ForFour (que é um Renault Twingo), além de vários propulsores a gasolina e gasóleo, desenvolvidos em conjunto. Finalmente, a Mercedes e a Infiniti, marca de luxo da Nissan, partilham uma enorme fábrica no México, em Aguascalientes.

Mas a fonte desta decisão estará no massivo plano de redução de custos que Ola Kallenius deverá implementar e que lhe poupará qualquer coisa 6 mil milhões de euros, introduzindo melhorias na eficiência produtiva para alargar essa poupança até 2021. Outra situação complicada será o corte de 10 mil postos de trabalho que, não existindo nenhuma confirmação oficial, mas o relatório da Daimler, libertado em fevereiro, anunciava a necessidade de um plano de redução de custos para colmatar o fortíssimo impacto que os lucros têm experimentado devido aos ventos contrários do mercado, o comércio internacional conturbado e os absurdos custos com a estratégia de eletrificação.

Finalmente, a Mercedes terá sido apoquentada por um problema de produção na sua fábrica americana de Tuscaloosa, nos EUA, de onde saíram 30 mil carros com defeitos graves nos sistemas eletrónicos. Uma reparação muito dispendiosa que pode chegar aos 2 mil milhões de euros.

Portanto, Ola Kallenius terá muito que fazer logo que se sentar na cadeira do poder da Daimler e as decisões poderão não ser as mais pacíficas.

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