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Mercedes-Benz: A força das mulheres na criação de uma marca icónica

By on 25 Março, 2024

Quando nos sentamos num carro, raramente nos damos conta do percurso que foi feito para nos sentarmos naquele veículo. A indústria automóvel vê agora a chegada de novas marcas, que em poucos anos conseguiram erguer-se e apresentar produtos apelativos. Mas as marcas ditas “tradicionais”, aquelas que já fazem parte do nosso dia a dia, são muito mais do que apenas produtos de consumo imediato. Fazem parte da história do automobilismo. A Mercedes é uma delas.

A marca germânica tem este ano três carros no top 5 final do prestigiado World Car Awards, com o Mercedes-Benz CLE, o Mercedes-Benz  EQE SUV e o Mercedes-Benz Classe E. Mas o legado da marca vem dos primórdios.

Uma história feita com a força feminina

A história começa em 1885. Foi nesse ano que Karl Benz finalizou o seu primeiro veículo equipado com um motor de combustão interna. Uma história de dedicação a uma ideia pela qual Karl Benz e a sua mulher, Bertha lutaram até a criação do Benz Patent-Motorwagen. Bertha, que esteve sempre ao lado de Carl, apoiando-o nos bons e maus momentos, foi a primeira a experimentar o veículo construído pelo seu marido. Bertha acabou assim por ser a primeira mulher do mundo a conduzir um veículo motorizado. 

Em 5 de agosto de 1888, Bertha Benz, de 39 anos, conduziu de Mannheim a Pforzheim com os seus filhos Richard e Eugen, de treze e quinze anos, respetivamente, num Modelo III, sem avisar o marido e sem autorização das autoridades, tornando-se assim a primeira pessoa a conduzir um automóvel numa distância significativa. Karl Benz foi o homem da ideia, do trabalho mecânico, da engenharia por trás do primeiro veículo a motor. Bertha foi a alma e o fogo do projeto. Por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher. E neste caso, por trás de um projeto inovador que acabaria por mudar a face da Terra, está também uma mulher obstinada em apoiar as ideias e os sonhos do seu marido. 

Mercedes  – Um nome que fica para a eternidade

Enquanto o negócio de Benz crescia, outra empresa tratava de apostar na construção de automóveis, com Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach que desenvolveram em conjunto um motor de combustão que seria usado em veículos motorizados. Maybach foi parte importante no desenvolvimento de novas ideias para a locomoção, mas acabou por sair da Daimler depois da morte de Gottlieb, iniciando a sua empresa com o seu filho (que regressaria ao mundo Daimler anos mais tarde). 

Com a indústria automóvel a dar os primeiros passos, vários homens de negócios começaram a aproveitar as oportunidades que surgiram. Um deles foi Emil Jellinek, que depressa apanhou o gosto pelos novos veículos motorizados. Chegou a ter um veículo construido por Carl Benz, mas foi com a Daimler que criou uma ligação mais duradoura, tornando-se representante da marca, vendendo veículos à classe média-alta da época, ao mesmo tempo que ia pedido à Daimler carros mais velozes para vender e competir em corridas, em que usava o nome Mercedes, o nome da sua filha. Os “Mercedes” começaram a ser notados pelas suas proezas em pista. Com a popularidade do nome a crescer, foi feito um acordo entre a Daimler e Jellinek, para dar o nome Mercedes a novos veículos e para o desenvolvimento de um novo motor, que teria o nome Daimler Mercedes. O primeiro Daimler – Mercedes foi desenvolvido por Maybach e entregue a Jellinek em 1900. 

Até ao final da primeira grande guerra, Benz e a Daimler Mercedes eram empresas rivais, mas as dificuldades encontradas depois da guerra levaram a uma fusão que resultou na… Mercedes Benz.

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