Volkswagen Golf TDI 150 DSG Style Ensaio Teste

By on 22 Junho, 2020

Volkswagen Golf TDI 150 DSG Style

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

Líder (ainda) não vacila

O sucesso da Volkswagen anda de mãos dadas com o Golf e após oito gerações, a casa de Wolfsburg voltou a elevar a fasquia no segmento, mesmo que a distância para os rivais tenha diminuído sensivelmente. Esta oitava geração é mais uma evolução e isso talvez seja o pior problema do Golf. Ou a sua fortaleza, pois o sucesso do carro alemão tem sido construído sobre essa mesma receita. Portanto, criticar a pouca evolução no estilo não colhe, pois continua a ser o mais vendido na Europa. E por boa margem! Para já, o líder continua acima da concorrência, apesar de se notarem algumas rugas e um ligeiro recuo em termos de qualidade, com algumas zonas menos bem tratadas. Há várias medida economicistas, como muitas outras, que são percetíveis, por exemplo, no capô motor que deixou de ter amortecedores e está pintado de preto ao invés de ser da cor da carroçaria, alguns plásticos escondidos em zonas pouco acessíveis e mais uma ou outra coisa que deixa claro que os tempos são de apertar o cinto de forma vigorosa. E a necessidade de apostar, tudo, na melhoria tecnológica e na digitalização forçou esta situação.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Refinado, Comportamento, Vida a bordo      

Menos:

Painel de instrumentos menos feliz, alguns “gemlins” eletrónicos

Exterior

7/10

Pontuação 7/10

A base do Golf é a mesma de sempre, ou seja, a MQB, melhorada no que toca à rigidez e sem mais nenhuma alteração seja ela estrutural ou outra. As dimensões desta oitava geração são ligeiramente diferentes face à anterior: 29 mm mais no comprimento, 10 mm mais largo e 4 mm mais alto. A distância entre eixos, claro, ficou na mesma, mas a eficiência aerodinâmica melhorou (coeficiente de arrasto de 0.27 contra 0,30 do anterior). A oitava geração do Golf deixa de oferecer a versão de três portas. No que toca ao estilo, uma vez mais, a evolução é palavra de ordem. Mas o carro ganhou personalidade, nomeadamente, com a frente baixa e onde estão os faróis LED com um desenho que foge aos cânones da Volkswagen e do Golf, sendo, na minha opinião, a parte menos consensual do carro. Mas, pelo menos, é diferente e o resto do carro acaba por perder protagonismo, nomeadamente, a linha de cintura que corre dos faróis aos farolins, dando maior músculo ao aspeto geral do carro. Para os que gostam de coisas mais tecnológicas, a VW propõe o pacote opcional IQ Light. Este pacote de luzes inclui o controlo automático dos máximos, farolins LED que desenham um grafismo e os indicadores de mudança de direção ativos. Para os que gostam de coisas mais tecnológicas, a VW propõe o pacote opcional IQ Light. Este pacote de luzes inclui o controlo automático dos máximos, farolins LED que desenham um grafismo e os indicadores de mudança de direção ativos.

Interior

7/10

Pontuação 7/10

Se no exterior as coisas pouco mudaram, no interior há uma enorme revolução. O novo tabliê e painel de instrumentos chama-se “Innovision” e abraça numa só peça o ecrã digital que faz de painel de instrumentos (com 10,3 polegadas) e o ecrã que funciona como base do sistema de info entretenimento e não só, que pode ter 8,25 ou 10 polegadas, consoante a versão. No caso do Golf deste ensaio, era o maior. Na frente do condutor está um novo volante multifunções e tudo isto, mais o desenho do tabliê, tornam o ambiente interior do Golf muito diferente do que tinha sido norma. Mesmo que o cinzentismo se mantenha nas cores, com o preto e o cinzento a dominar.

A consola central é mais larga, os poucos comandos com botões estão mais perto do condutor e como o carro de ensaio tinha caixa DSG, o comando da caixapassa a ser um pequeno comando integrado com o botão de arranque e o botão do travão de mão elétrico. Há poucos botões físicos, substituídos por pequenos painéis sensíveis ao toque, tal como num smartphone. São controlados assim a climatização, controlo do volume de som do sistema áudio e o controlo por voz, ainda em inglês, que se liga dizendo “Hello Volkswagen”. Tudo muito bonito, mas o controlo por voz exige um inglês quase perfeito e os comandos sensíveis ao toque não funcionam lá muito bem. A qualidade percecionada e real, continua elevada, mas há muito mais plásticos duros, escondidos, é verdade, mas que não era hábito ver. Claro que o Golf continua bem construído, de forma sólida, mas fica a dúvida sobre a qualidade dos plásticos daqui a uns anos. Já a placa negra que une os dois ecrãs (painel de instrumentos e info entretenimento) em preto brilhante, ofusca um bocadinho, mas não ofende o olhar.

Equipamento

5/10

Pontuação 5/10  

Esta versão Style oferece um bom nível de equipamento, destacando-se o ar condicionado bizona e o banco do condutor “ergoActive” com 14 vias, Car2X e instrumentação digital, controlo por voz e cruise control adaptativo com “Front Assist”, câmara multi funções e faróis de nevoeiro, faróis LED e fecho central com comando, faróis traseiros LED e jantes de liga leve de 17 polegadas, Lane Assist automático e luz interna para os à frente e atrás, reconhecimento de sinais e espelhos exteriores com comando e rebatimento elétrico, sensores de estacionamento à frente e atrás e sistema “Front Assist”, sistema Advanced Driver Assistance Pro e sistema de navegação Discover Pro, sistema de deteção de fadiga e sistema Stop&Start com recuperação de energia na travagem, volante multi funções e We Connect (gratuito durante 3 anos). Entre os opcionais, destacamos a pintura metalizada (entre 550 e 925 euros) e as jantes de liga leve de 18 polegadas (entre 602 e 705 euros), pacote Style (5.410 euros) e Bluetooth com carregador sem fios do smartphone (440 euros), teto de abrir panorâmico (954 euros) e perfis de condução (170 euros), suspensão adaptativa (961 euros) e alarme (322 euros), Faróis IQ Light e Led Matrix (753 euros), e Head Up Display (654 euros), acesso mãos livres (421 euros) e acesso via smartphone (219 euros). O Golf está equipado com a terceira geração do sistema de info entretinimento da VW, o MIB, que está ligado à internet de forma permanente graças a um cartão eSIM, autorizando, assim, sistema de navegação com informação de trânsito em tempo real e músicas em “streaming”, entre outras funções possíveis de serem feitas online. Outra novidade é o Travel Assist. Um sistema que combina o cruise control adaptativo e o sistema de manutenção do carro na faixa de rodagem, para permitir a função de “condução sem mãos assistida” até 210 km/h. A tecnologia embarcada no Golf não deixa de impressionar. Outro exemplo é a disponibilidade da tecnologia Car2X (carro para, virtualmente, qualquer coisa) que está baseada na norma da União Europeia e que usa informação gerada por outros veículos e pelas infraestruturas rodoviárias. Assim, eviram-se os acidentes nos finais das filas de trânsito e outras situações potenciadoras de acidentes.

Consumos

/10

Pontuação 6/10

O motor turbodiesel com 2 litros de cilindrada juntamente com a caixa DSG, é um bom amigo no que toca aos consumos e se os 4,4 litros homologados pela VW são quase impossíveis de alcançar, terminei este ensaio com uma média muito agradável de 5,1 l/100 km e muito raramente ao longo dos mil quilómetros cumpridos ao seu volante (com passagens por autoestrada, estradas nacionais e municipais e algumas incursões em estradas divertidas) o valor subiu acima dos 7 litros de gasóleo. Muito bom!

Ao Volante

8/10

Pontuação 8/10

O interior mudou bastante, mas a sensação atrás do volante continua igual: estamos muito bem sentados em bancos que possuem, como sempre, bom apoio lateral e a relação entre volante, pedais e banco é excelente. Claro, tudo com amplos ajustes, seja no volante, seja no banco. É um carro refinado, com um pisar seguro e suave, equilibrado e preciso, com uma direção mais direta com o carro a mostrar-se mais ágil e direto. O carro que utilizei neste ensaio tem o eixo traseiro multibraços independente, com molas e amortecedores passivos. Há quatro modos de condução (Eco, Comfort, Sport e Individual), a direção tem assistência variável com o peso correto, precisão fantástica que mantém a trajetória escolhida pelo condutor. A verdade é que o Golf é um regalo para conduzir, devagar ou depressa.

Ajudado pela direção e pelo chassis, o carro consegue mudar de direção com agilidade, controla bem os movimentos da carroçaria sejam verticais ou laterais. É um nadinha mais firme que a anterior geração, particularmente no modo Sport. Apesar disso, o carro nunca se mostra demasiado agressivo ou desconfortável. Impressionou-me a capacidade do Golf a curvar e em várias foram as vezes em que acertei em pequenas lombas e o carro nunca se desconchavou e a pancada é bem absorvida. Em autoestrada, o Golf é imperial, mostrando-se como um belo devorador de quilómetros.

Motor

6/10

Pontuação 6/10

O bloco turbodiesel com 2 litros de cilindrada é suave e com 150 CV e um binário robusto, bem ajudado pela caixa DSG, rima bem com o Golf. Não é um motor que nos permita andar na Serra de Sintra ou na Fóia a fazer tempos – nem esse é ou foi o seu objetivo – mas mexe bem os quase 1500 kgs deste Golf Style. Ainda por cima é um carro económico como já verificou na parte dos consumos.  

Balanço Final

8/10

Pontuação 8/10

A oitava geração do Golf volta a subir a fasquia do segmento, mas é evidente a diminuição da vantagem face aos rivais. Obviamente que é melhor que a anterior geração, mas o investimento louco da VW na digitalização poderá ter ido um pouco longe demais. Está mais económico, mais eficiente e com o novo interior tecnologicamente avançado, a VW deu um novo passo em frente, e que passo! Mas continuo a pensar que a VW terá ido um pouco longe demais no interior, pois a tradição ainda é o que era e o Golf conheceu sucesso a galope de uma tradição com mais de 40 anos. E os “gremlins” da eletrónica não ajudam…

Concorrentes

BMW 118d 1995 c.c. turbodiesel; 150 CV; 350 Nm; 0-100 km/h em 8,4 seg,; 216 km/h; 4,1 – 4,4 l/100 km, 108 – 116 gr/km de CO2; 39.260 euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Ford Focus Ecoblue 1996 c.c. turbodiesel; 150 CV; 370 Nm; 0-100 km/h em 9,3 seg,; 207 km/h; 4,4 – 4,6 l/100 km, 114 – 121 gr/km de CO2; 37.470 euros

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Mazda 3 Skyactiv D 1759 c.c. turbodiesel; 116 CV; 270 Nm; 0-100 km/h em 10,3 seg,; 192 km/h; 4,7 – 4,9 l/100 km, 121 – 127 gr/km de CO2; nd

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Ficha Técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta “Commonrail” e turbo com intercooler

Cilindrada (cm3): 1968

Diâmetro x Curso (mm): nd

Taxa de Compressão: nd

Potência máxima (CV/rpm): 150/5000

Binário máximo (Nm/rpm): 360/2000

Transmissão: dianteira com caixa automática de dupla embraiagem com 7 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/independente multibraços

Travões (fr/tr): discos ventilados/discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 8,8

Velocidade máxima (km/h): 223

Consumo misto (l/100 km): 4,4

Emissões CO2 (gr/km): 117

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4284/1789/1491

Distância entre eixos (mm): 2619

Largura de vias (fr/tr mm): 1549/1520

Peso (kg): 1465

Capacidade da bagageira (l): 380/1237

Deposito de combustível (l): 50 (adBlue – 12 litros) Pneus (fr/tr): 225/45 R17

Mais/Menos


Mais

Refinado, Comportamento, Vida a bordo      

Menos

Painel de instrumentos menos feliz, alguns “gemlins” eletrónicos

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 49895€

Preço da versão base (Euros): 43491€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 7/10

A base do Golf é a mesma de sempre, ou seja, a MQB, melhorada no que toca à rigidez e sem mais nenhuma alteração seja ela estrutural ou outra. As dimensões desta oitava geração são ligeiramente diferentes face à anterior: 29 mm mais no comprimento, 10 mm mais largo e 4 mm mais alto. A distância entre eixos, claro, ficou na mesma, mas a eficiência aerodinâmica melhorou (coeficiente de arrasto de 0.27 contra 0,30 do anterior). A oitava geração do Golf deixa de oferecer a versão de três portas. No que toca ao estilo, uma vez mais, a evolução é palavra de ordem. Mas o carro ganhou personalidade, nomeadamente, com a frente baixa e onde estão os faróis LED com um desenho que foge aos cânones da Volkswagen e do Golf, sendo, na minha opinião, a parte menos consensual do carro. Mas, pelo menos, é diferente e o resto do carro acaba por perder protagonismo, nomeadamente, a linha de cintura que corre dos faróis aos farolins, dando maior músculo ao aspeto geral do carro. Para os que gostam de coisas mais tecnológicas, a VW propõe o pacote opcional IQ Light. Este pacote de luzes inclui o controlo automático dos máximos, farolins LED que desenham um grafismo e os indicadores de mudança de direção ativos. Para os que gostam de coisas mais tecnológicas, a VW propõe o pacote opcional IQ Light. Este pacote de luzes inclui o controlo automático dos máximos, farolins LED que desenham um grafismo e os indicadores de mudança de direção ativos.

Interior

Pontuação 7/10

Se no exterior as coisas pouco mudaram, no interior há uma enorme revolução. O novo tabliê e painel de instrumentos chama-se “Innovision” e abraça numa só peça o ecrã digital que faz de painel de instrumentos (com 10,3 polegadas) e o ecrã que funciona como base do sistema de info entretenimento e não só, que pode ter 8,25 ou 10 polegadas, consoante a versão. No caso do Golf deste ensaio, era o maior. Na frente do condutor está um novo volante multifunções e tudo isto, mais o desenho do tabliê, tornam o ambiente interior do Golf muito diferente do que tinha sido norma. Mesmo que o cinzentismo se mantenha nas cores, com o preto e o cinzento a dominar.

A consola central é mais larga, os poucos comandos com botões estão mais perto do condutor e como o carro de ensaio tinha caixa DSG, o comando da caixapassa a ser um pequeno comando integrado com o botão de arranque e o botão do travão de mão elétrico. Há poucos botões físicos, substituídos por pequenos painéis sensíveis ao toque, tal como num smartphone. São controlados assim a climatização, controlo do volume de som do sistema áudio e o controlo por voz, ainda em inglês, que se liga dizendo “Hello Volkswagen”. Tudo muito bonito, mas o controlo por voz exige um inglês quase perfeito e os comandos sensíveis ao toque não funcionam lá muito bem. A qualidade percecionada e real, continua elevada, mas há muito mais plásticos duros, escondidos, é verdade, mas que não era hábito ver. Claro que o Golf continua bem construído, de forma sólida, mas fica a dúvida sobre a qualidade dos plásticos daqui a uns anos. Já a placa negra que une os dois ecrãs (painel de instrumentos e info entretenimento) em preto brilhante, ofusca um bocadinho, mas não ofende o olhar.

Equipamento

Pontuação 5/10  

Esta versão Style oferece um bom nível de equipamento, destacando-se o ar condicionado bizona e o banco do condutor “ergoActive” com 14 vias, Car2X e instrumentação digital, controlo por voz e cruise control adaptativo com “Front Assist”, câmara multi funções e faróis de nevoeiro, faróis LED e fecho central com comando, faróis traseiros LED e jantes de liga leve de 17 polegadas, Lane Assist automático e luz interna para os à frente e atrás, reconhecimento de sinais e espelhos exteriores com comando e rebatimento elétrico, sensores de estacionamento à frente e atrás e sistema “Front Assist”, sistema Advanced Driver Assistance Pro e sistema de navegação Discover Pro, sistema de deteção de fadiga e sistema Stop&Start com recuperação de energia na travagem, volante multi funções e We Connect (gratuito durante 3 anos). Entre os opcionais, destacamos a pintura metalizada (entre 550 e 925 euros) e as jantes de liga leve de 18 polegadas (entre 602 e 705 euros), pacote Style (5.410 euros) e Bluetooth com carregador sem fios do smartphone (440 euros), teto de abrir panorâmico (954 euros) e perfis de condução (170 euros), suspensão adaptativa (961 euros) e alarme (322 euros), Faróis IQ Light e Led Matrix (753 euros), e Head Up Display (654 euros), acesso mãos livres (421 euros) e acesso via smartphone (219 euros). O Golf está equipado com a terceira geração do sistema de info entretinimento da VW, o MIB, que está ligado à internet de forma permanente graças a um cartão eSIM, autorizando, assim, sistema de navegação com informação de trânsito em tempo real e músicas em “streaming”, entre outras funções possíveis de serem feitas online. Outra novidade é o Travel Assist. Um sistema que combina o cruise control adaptativo e o sistema de manutenção do carro na faixa de rodagem, para permitir a função de “condução sem mãos assistida” até 210 km/h. A tecnologia embarcada no Golf não deixa de impressionar. Outro exemplo é a disponibilidade da tecnologia Car2X (carro para, virtualmente, qualquer coisa) que está baseada na norma da União Europeia e que usa informação gerada por outros veículos e pelas infraestruturas rodoviárias. Assim, eviram-se os acidentes nos finais das filas de trânsito e outras situações potenciadoras de acidentes.

Consumos

Pontuação 6/10

O motor turbodiesel com 2 litros de cilindrada juntamente com a caixa DSG, é um bom amigo no que toca aos consumos e se os 4,4 litros homologados pela VW são quase impossíveis de alcançar, terminei este ensaio com uma média muito agradável de 5,1 l/100 km e muito raramente ao longo dos mil quilómetros cumpridos ao seu volante (com passagens por autoestrada, estradas nacionais e municipais e algumas incursões em estradas divertidas) o valor subiu acima dos 7 litros de gasóleo. Muito bom!

Ao volante

Pontuação 8/10

O interior mudou bastante, mas a sensação atrás do volante continua igual: estamos muito bem sentados em bancos que possuem, como sempre, bom apoio lateral e a relação entre volante, pedais e banco é excelente. Claro, tudo com amplos ajustes, seja no volante, seja no banco. É um carro refinado, com um pisar seguro e suave, equilibrado e preciso, com uma direção mais direta com o carro a mostrar-se mais ágil e direto. O carro que utilizei neste ensaio tem o eixo traseiro multibraços independente, com molas e amortecedores passivos. Há quatro modos de condução (Eco, Comfort, Sport e Individual), a direção tem assistência variável com o peso correto, precisão fantástica que mantém a trajetória escolhida pelo condutor. A verdade é que o Golf é um regalo para conduzir, devagar ou depressa.

Ajudado pela direção e pelo chassis, o carro consegue mudar de direção com agilidade, controla bem os movimentos da carroçaria sejam verticais ou laterais. É um nadinha mais firme que a anterior geração, particularmente no modo Sport. Apesar disso, o carro nunca se mostra demasiado agressivo ou desconfortável. Impressionou-me a capacidade do Golf a curvar e em várias foram as vezes em que acertei em pequenas lombas e o carro nunca se desconchavou e a pancada é bem absorvida. Em autoestrada, o Golf é imperial, mostrando-se como um belo devorador de quilómetros.

Concorrentes

BMW 118d 1995 c.c. turbodiesel; 150 CV; 350 Nm; 0-100 km/h em 8,4 seg,; 216 km/h; 4,1 – 4,4 l/100 km, 108 – 116 gr/km de CO2; 39.260 euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Ford Focus Ecoblue 1996 c.c. turbodiesel; 150 CV; 370 Nm; 0-100 km/h em 9,3 seg,; 207 km/h; 4,4 – 4,6 l/100 km, 114 – 121 gr/km de CO2; 37.470 euros

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Mazda 3 Skyactiv D 1759 c.c. turbodiesel; 116 CV; 270 Nm; 0-100 km/h em 10,3 seg,; 192 km/h; 4,7 – 4,9 l/100 km, 121 – 127 gr/km de CO2; nd

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Motor

Pontuação 6/10

O bloco turbodiesel com 2 litros de cilindrada é suave e com 150 CV e um binário robusto, bem ajudado pela caixa DSG, rima bem com o Golf. Não é um motor que nos permita andar na Serra de Sintra ou na Fóia a fazer tempos – nem esse é ou foi o seu objetivo – mas mexe bem os quase 1500 kgs deste Golf Style. Ainda por cima é um carro económico como já verificou na parte dos consumos.  

Balanço final

Pontuação 8/10

A oitava geração do Golf volta a subir a fasquia do segmento, mas é evidente a diminuição da vantagem face aos rivais. Obviamente que é melhor que a anterior geração, mas o investimento louco da VW na digitalização poderá ter ido um pouco longe demais. Está mais económico, mais eficiente e com o novo interior tecnologicamente avançado, a VW deu um novo passo em frente, e que passo! Mas continuo a pensar que a VW terá ido um pouco longe demais no interior, pois a tradição ainda é o que era e o Golf conheceu sucesso a galope de uma tradição com mais de 40 anos. E os “gremlins” da eletrónica não ajudam…

Mais

Refinado, Comportamento, Vida a bordo      

Menos

Painel de instrumentos menos feliz, alguns “gemlins” eletrónicos

Ficha técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta “Commonrail” e turbo com intercooler

Cilindrada (cm3): 1968

Diâmetro x Curso (mm): nd

Taxa de Compressão: nd

Potência máxima (CV/rpm): 150/5000

Binário máximo (Nm/rpm): 360/2000

Transmissão: dianteira com caixa automática de dupla embraiagem com 7 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/independente multibraços

Travões (fr/tr): discos ventilados/discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 8,8

Velocidade máxima (km/h): 223

Consumo misto (l/100 km): 4,4

Emissões CO2 (gr/km): 117

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4284/1789/1491

Distância entre eixos (mm): 2619

Largura de vias (fr/tr mm): 1549/1520

Peso (kg): 1465

Capacidade da bagageira (l): 380/1237

Deposito de combustível (l): 50 (adBlue – 12 litros) Pneus (fr/tr): 225/45 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 49895€
Preço da versão base (Euros): 43491€