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Quem é o Fleximan, o “super-herói” que destrói radares de velocidade?

By on 5 Fevereiro, 2024

Um novo “super-herói” surgiu em Itália. O seu nome é Fleximan e tem-se tornado no terror dos radares de velocidade. Mas será um herói ou um vilão?

Flessibile, rebarbadora em italiano, é a palavra raiz para o nome “Fleximan”, o novo personagem italiano que usa a sua rebarbadora para derrubar radares de controlo de velocidade, com pelo menos 15 ataques bem sucedidos. O vândalo anónimo, deu origem a investigações por parte de uma força de intervenção especial da polícia e de vários gabinetes do Ministério Público.

Embora os ataques possam refletir a frustração do público com a proliferação de radares de trânsito, o número de mortes nas estradas italianas continua a ser elevado e o uso dos radares torna-se assim quase inevitável. Não se sabe ao certo se Fleximan é um indivíduo ou um grupo de vândalos imitadores. Apesar de um suspeito de 50 anos ter sido acusado no noroeste do país, a maioria dos ataques ocorreu na região de Veneto.

Os métodos consistentes de Fleximan têm granjeado o apoio das redes sociais, que o retratam como um Robin dos Bosques moderno. A Itália tem o maior número de radares de trânsito da Europa, o que contribui para o ressentimento do público. Alguns presidentes de câmara locais decidiram não substituir imediatamente os radares vandalizados para aliviar as tensões.

Herói ou vilão?

Será esta obra do Fleximan um ato heroico ou apenas vandalismo puro e sem sentido. É verdade que o cerco tem apertado para os condutores que gostam de velocidade e para os mais distraídos, com o aumento das receitas vindas das multas a aumentar em Itália. Mas é importante relembrar que as estradas foram feitas para todos e que cumprir as velocidades estipuladas é importante para garantir a segurança. A Itália tem um historial pouco impressionante em matéria de segurança rodoviária. De acordo com o Conselho Europeu para a Segurança dos Transportes, o número de mortes em Itália por milhão de habitantes terá sido de 54 em 2022, quase o dobro dos 26 por milhão de vidas perdidas no Reino Unido e dos 37 por milhão em Espanha. 54 mortes por milhão é um número muito semelhante ao das estradas portuguesas no ano de 2021. Os radares podem ser uma das ferramentas necessárias para fazer parar os exageros que vimos diariamente nas estradas e colocam em risco os prevaricadores e os restantes condutores. Se alguns limites de velocidade são muito questionáveis, destruir propriedade pública de dar luz verde para que os “aceleras” possam provocar mais vítimas também o é.

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