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O futuro da mobilidade pode também passar por motores a amoníaco

By on 30 Março, 2024

Nem só no plano da eletricidade e do hidrogénio se joga a mobilidade sustentável. O amoníaco pode ser também solução, e a GAC em parceria com a Toyota desenvolveu um motor que usa amoníaco.

O amoníaco é uma substância altamente tóxica, utilizada principalmente como fertilizante, mas com caraterística combustíveis que passaram a interessar aos construtores. Apesar de ter uma densidade energética menor que a gasolina (cerca de metade), não emite carbono, hidrocarbonetos ou CO₂ quando é queimado. E é por isso que a GAC e a Toyota se interessaram a desenvolver um motor a combustão preparado para queimar amoníaco. O motor de 2,0 litros e quatro cilindro desenvolvido pelos chineses, produz 161 cv e emite menos 90% de carbono em comparação com a gasolina sem chumbo, segundo a GAC.

As vantagens do uso do amoníaco prendem-se com a relativa facilidade com que pode ser produzido, permitindo também manter as infraestruturas de distribuição de combustível. O método tradicional de produção de amoníaco é considerado intensivo em termos energéticos, mas desenvolvimentos recentes conduziram à produção em pequena escala de amoníaco “verde”, que utiliza fontes de energia renováveis para uma produção sem emissões de carbono.

Há desafios também no uso do amoníaco, tal como a sua toxicidade, o seu armazenamento e a sua utilização para lá dos combustíveis. Mais de dois terços da produção mundial anual de amoníaco é utilizada na agricultura como fertilizante. É também utilizado como gás refrigerante e no fabrico de plásticos, têxteis, explosivos e pesticidas. Portanto, já há uma procura elevada de amoníaco, o que pode arrefecer um pouco o interesse. Mas é uma solução que merece ser pelo menos discutida e pensada.

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