Conheça os carros mais raros das marcas mais famosas (Parte 2)

Conheça os carros mais raros das marcas mais famosas (Parte 1)

By on 5 Maio, 2020

Diz-se que há construtores generalistas e Premium e de nicho, mas quase todos, alguma vez na sua história, fizeram automóveis que se tornaram em verdadeiras raridades. O AUTOMAIS dá-lhe a conhecer os carros mais raros das marcas mais famosas do planeta.

Saab Sonnet I (6 unidades; 1955 – 1957)

Nasceu num barracão através da determinação de Rolf Mellde, um engenheiro da Saab, que pretendia criar um carro desportivo simples e leve para competir na Europa. Foram construídos mais cinco exemplares pela Saab, até que esta cancelou o projeto porque as regras mudaram e era possível competir com carro modificados a partir de modelos de série.

Alfa Romeo 33 Stradale (18 unidades; 1967 – 1969) 

Nasceu em 1967 e além de ser um dos mais belos carros da história do automóvel, foi um carro chave para a casa de Arese, ao elevar a performance para um nível desconhecido na Alfa Romeo. O carro de estrada está intimamente ligado à versão de competição, o Tipo 33, sendo um dos primeiros supercarros ao estar equipado com um V8 com 230 CV, levando o 33 dos 0-100 km/h em menos de 6 segundos. Como sempre, fazer de um carro de corridas um carro de estrada custa muito dinheiro e o 33 Stradale era mais caro que um Lamboghini Miura e dai que só tivessem sido feitas 18 unidades.

Lamborghini Silhouette (54 unidades: 1976 – 1979)

A Bertone foi escolhida para ajudar a Lamborghini a oferecer uma versão Targa do Urraco. Chamava-se Silhouette e foi introduzido em 1976 com um tejadilho rígido removível. Apesar de serem igualzinhos por baixo da carroçaria, a Lamborghini decidiu vender os carros separadamente. Uma forma engenhosa de oferecer um carro novo na gama sem ter de gastar dinheiro com a realização com um carro realmente novo. Foram feitas apenas 54 unidades, o que o torna muito raro e uma mera nota de rodapé na história da casa italiana. Aliás, o primeiro descapotável da Lamborghini comercializado é ainda mais raro que o híbrido Sian lançado em 2019 e que vendeu 63 unidades. 

Volvo P1900 (67 unidades: 1956 – 1957)

O P1900 foi um tamanho insucesso que ninguém esperava que a casa sueca voltasse ao modelo, desta feita com uma versão descapotável cujo desenvolvimento foi exigido pelo CEO da marca, Assar Gabrielsson. Esta decisão surgiu depois de uma visita aos Estados Unidos onde se apercebeu da crescente popularidade dos carros em fibra de vidro e descapotáveis. A empresa californiana Glasspar ajudou a Volvo a fazer o carro. Porém, na época, para os europeus, era muito caro modelar a fibra de vidro e os suecos, com um clima agreste, não tinham muita disponibilidade para comprar um dois lugares descapotável caro. Não espanta que apenas 67 carro tenham sido vendidos. O insucesso foi tal que o belo P1800 nunca teve uma versão descapotável.

Fiat 8V (114 unidades: 1952 – 1954)

Quem olha para o 8V não acredita que foi criado pela mesma pessoa que fez o 600 e fabricado na mesma unidade de produção. Dante Giacosa foi o homem que concebeu o 8V e a Fiat colocou-o no topo da gama entre 1952 e 1954. Tinha como objetivo ser o carro que iria reconstruir a imagem da Fiat após a segunda grande guerra, ligando a marca á competição e ao desporto. O motor era um V8 de 2.0 litros para evitar ser pesadamente taxado (em Itália as altas cilindradas eram fortemente penalizadas, o que explicou o que foi a indústria automóvel italiana no pós-guerra), debitando 105 CV. O problema é que eram poucos os que tinham dinheiro para comprar um carro tão caro de uma marca que não tinha o prestígio de outras. Foram feitos 114 carros, a maioria dos quais caiu nas mãos de carroçadores como Pininfarina.

Toyota BXD20 Mega Cruiser (149 unidades: 1996 – 2001)

Não há consenso sobre o número de unidades produzidas do modelo feito com base no veículo militar pensado á imagem do Humvee. A contagem oficial são 149 unidades, há quem diga que são 132 ou 151. O grande problema do Mega Cruiser é que custava tanto na época como um Honda NSX (no mercado japonês). O insucesso era óbvio. 

Citroen Bijou (207 unidades: 1959 – 1964)

Pensado para o mercado inglês, tinha como base o 2CV. A carroçaria elegante em fibra de vidro escondia o chassis, o motor e os componentes do 2CV. O estilo era de um coupé, acreditando a Citroen que seria um carro que seduzisse os britânicos. Não funcionou e por isso apenas 207 exemplares foram feitos na unidade de produção de Slough, no Reino Unido. Alguns dizem que o valor certo será de 211 unidades.

Ford Durango (212 unidades: 1979 – 1982)

Pode parecer estranho o nome de um Dodge num Ford, mas este Durango existiu antes da Dodge criar um SUV com o mesmo nome. Começou a vida como Fairmont Futura, um coupe desconhecido com base na plataforma Fox da Ford, que servia de base à terceira geração do Mustang. Uma empresa decidiu converter o carro numa “pick-up”, cortando o habitáculo e colocando uma porta traseira, devolvendo o carro á Ford. A casa da oval colocou-o à venda na esperança de repetir o sucesso do Ranchero, mas foi um enorme flop e ninguém sabe ao certo quantos modelos foram produzidos. Oficialmente, foram 212. Mas podem ter sido mais que acabaram destruídos.

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