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Clássicos FIAT 124 Sport Spider: Bela machina

By on 18 Novembro, 2023

Modelo de dois lugares, o 124 Spider era derivado do 124 Coupé, por sua vez feito com base no Fiat 124, berlina de sucesso da marca italiana. O modelo foi exibido no Salão de Turim de 1966, tendo sido mantida a sua produção até 1985. O chassis baseado na plataforma do 124, era mais curto e tinha uma distância entre eixos reduzida, tendo a produção e o estilo do Spider sido entregue a Pininfarina, depois de ter sido o Centro de Estilo

Fiat a desenhar o 124 Coupé. Para o célebre estilista italiano, esta acção foi decisiva, pois o 124 Spider foi na época um dos maiores e melhores negócios. Para motorizar o modelo, a Fiat deitou mão ao bloco tetracilíndrico com duplo veio de excêntricos à cabeça e cabeça de alumínio, que tão tinha boas referências no universo automóvel.

Numa primeira fase a cilindrada era de 1.4 litros (90 CV em 1966), passando a 1.6 litros (110 CV) em 1970, subiu para os 1.8 litros (118 CV) em 1974, parando nos 2.0 litros (100 CV com injecção), tendo pelo meio sofrido uma redução (em 1973) para os 1.5 litros com 106 CV. Mas este motor destacou-se ainda pela substituição dos carburadores pela injecção em 1980 e pela aplicação de um compressor volumétrico (versões Volumex, raras na Europa, com 135 CV). 

Este extraordinário motor foi concebido por Aurelio Lampredi, ex-engenheiro chefe da Ferrari, tendo batido todos os recordes de longevidade ao ser produzido até meados dos anos 90. A receita para a suspensão era a conhecida da época: rodas independentes com triângulos assimétricos e eixo rígido atrás com molas de lâminas. A travagem estava entregue a um sistema de quatro discos e a caixa de velocidades era manual com cinco relações. A enorme qualidade do estilo realizado por Pininfarina permitiu-lhe estar toda a sua vida sem nenhuma alteração de vulto ao desenho inicial, sofrendo apenas ligeiros retoques que em nada prejudicaram a sua forma. Durante a sua vida, o 124 Spider conheceu uma versão muito especial denominada 124 Spider Abarth (que ficaria para sempre conhecida como 124 Abarth devido ao seu sucesso nos ralis) radicalmente diferente em

termos técnicos. Passou a ter rodas independentes nos dois eixos, um “hardtop”, bancos desportivos, interior com instrumentação diferente e o motor de 2.0 litros “envenenado”.

Contas feitas, quando a produção terminou em 1985, foram construídos mais de 150 mil unidades, a maioria delas exportadas para os Estados Unidos.

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