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Clássicos, Ford A: Verdadeiro ícone

By on 16 Setembro, 2023

Depois do enorme sucesso que foi o Ford T, a marca da oval azul tinha de fazer algo para continuar a “cavalgar a onda”. Durante 18 longos anos, a Ford tinha sobrevivido com o T e era chegada a hora da sua substituição, marcada para o dia 2 de Dezembro de 1927. Surgiu então o Model A e a verdade é que no meio de acusações de ser uma cópia do Peugeot 201 de 1925 e de algumas dificuldades de arrefecimento do habitáculo, foram comercializadas ao longo dos cinco anos de vida do modelo, nada menos que 4 849 340 Ford A, em todas as suas variantes.

Mantendo o sistema de montagem em série e da racionalidade e facilidade de utilização de todos os componentes, o Ford A utilizava um motor de quatro cilindros com 3,3 litros de cilindrada, carburador simples e fazia consumos de cerca de 15 litros por cada 100 quilómetros. A velocidade máxima chegava aos 103 km/h. A caixa de velocidades tinha três relações e marcha atrás, enquanto os travões eram de tambor nas quatro rodas. Uma das particularidades do Ford A era a profusão de variantes disponíveis:

Coupé (Standard e Deluxe), Bussiness Coupe, Sport Coupe, Roadster Coupe, Convertible Cabriolet, Phaeton, Tudor, Town Car, Fordor (duas janelas), Fordor (três janelas), Victoria, Station Wagon, Taxi Cab, Pick-Up e Comercial. O Model A foi o primeiro Ford a usar os controlos de condução como hoje os conhecemos, ou seja, pedais de embraiagem, travão e acelerador nos locais hoje convencionados e a alavanca da caixa de velocidades implantada onde agora é comum. Alguns detalhes mostram como a tecnologia ainda não era muito desenvolvida na época: o depósito de combustível estava colocado atrás do motor e acima do carburador, pelo que não era preciso uma bomba para fazer chegar a gasolina ao carburador. Para arrefecer o habitáculo, os ocupantes tinham à sua disposição a abertura em compasso do vidro dianteiro. A enormidade de versões disponíveis foi bem sucedida, mas o Ford A acabaria por desaparecer em Março de 1932, depois de ter vendido mais de quatro milhões de unidades. Recordamos que o desenho do modelo teve a mão de Henry Ford e de seu filho Edsel e foi produzido sob licença na antiga União Soviética através da marca GAZ.

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