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UE não renegoceia acordos comerciais sobre elétricos com Reino Unido

By on 22 Setembro, 2023

O Comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, avisa que os atuais compromissos comerciais pós-Brexit para os veículos elétricos entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido não podem ser alterados, como pretendiam alguns construtores. 

Segundo os termos do acordo comercial celebrado em 2020, depois da saída do Reino Unido da UE, a partir de 2024 aplica-se uma taxa de 10% sobre o valor de cada veículo importado ou exportado por aquele mercado a menos que 45% do valor do veículo tenha sido proveniente dos Estados-Membros da UE ou do próprio Reino Unido. 

Segundo declarações ao The Guardian, Breton afirmou que este processo negocial não deve ser reaberto para satisfazer as exigências de alguns setores da indústria automóvel, salientando ainda que os líderes europeus têm deveres em relação à lei da concorrência e têm de decidir tendo em conta o que é melhor para toda a indústria. 

Em maio passado, a Ford fez saber que defendia que o acordo comercial para veículos elétricos entre os dois mercados fossem prorrogados até 2027, para dar tempo para que a cadeia de fornecimento de baterias se desenvolva no mercado europeu e seja suficientemente robusta para satisfazer a procura de veículos elétricos, tal como tinha feito a Stellantis, recebendo o apoio da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). 

O Comissário europeu defende que é dever da UE perceber a necessidade de toda a cadeia de abastecimento e não apenas os construtores, que devem ter os mesmos direitos segundo a lei da concorrência. 

Alguns especialistas têm avisado o Reino Unido que, desde a sua saída da UE, o país poderá perder uma grande parte da sua indústria automóvel por não ter ainda construído uma rede de produção de baterias para veículos eléctricos, enquanto o mercado comum europeu se debate com a enorme vaga de importação de veículos da China.

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