Renault Clio TCe 100 GPL – Ensaio Teste
Renault Clio em Portugal: meio milhão vendidos

Saiba (mesmo) tudo sobre a quinta geração do Renault Clio

By on 19 Junho, 2019

Pode, já, ler o primeiro ensaio que realizei à quinta geração do utilitário da Renault, aqui pode ler tudo aquilo que é novo no modelo. Aqui fica a saber, mesmo tudo sobre o Renault Clio.

Em primeiro lugar dizer que o Clio tem já asseguradas as cinco estrelas EuroNCAP, mantendo a tradição de anteriores gerações do utilitário francês. Depois, dizer que a Renault encara este novo Clio recuperando um slogan antigo, nascido com a primeira geração do modelo: “grandes para quê?” Portanto, a quinta geração do Clio recupera essa ideia, recupera os padrões de habitabilidade e conforto vistos na segunda geração do Clio, melhora a qualidade com um salto entre a quarta e a quinta geração semelhante ao experimentado entre a segunda e a terceira geração do modelo. Finalmente, a quinta geração herda o estilo praticamente intacto.

Sobre o estilo, Laurens van der Acker, diretor do estilo da Renault, referiu que “a quinta geração do Clio é muito importante para nós, porque se trata ‘apenas’ do best-seller do segmento e do segundo automóvel mais vendido na Europa. É um ícone! E esta nova geração do Clio recupera o que de melhor existia nas gerações precedentes. O design exterior do Clio 4 seduziu os clientes e continua, ainda hoje, a seduzir. Por isso decidimos conservar os genes, mas tornando-o, ao mesmo tempo, mais moderno e mais elegante. No interior fizemos uma verdadeira revolução, com um notável progresso na qualidade percebida, maior sofisticação e uma forte presença tecnológica. Este é o melhor de todos os Clio.” Não preciso de dizer mais nada…

Convirá aqui fazer um parêntesis e dizer que este é um carro importante para a Renault, pois é um dos destaques do plano estratégico “Drive the Future” (em vigor deste 2017 e até 2022). E, por isso mesmo, o Clio receberá já em 2020 o primeiro híbrido da Renault. Mas até 2022, o Clio receberá uma versão elétrica (nada como esperar para ver o que Peugeot 208 e Opel Corsa vão fazer com as suas variantes elétricas), todos os Clio serão conectados até essa data e a condução autónoma nos seus mais variados níveis também fará parte da gama Clio. Fechamos aqui o parêntesis do futuro.

VERSION RS LINE

A quinta geração do Renault Clio utiliza a plataforma CMF-B, estreada com o modelo e que conta, já, com arquitetura elétrica e eletrónica, oferece várias tecnologias inovadoras no segmento. A gama recebe duas novas linhas: RS Line, inspirada pela Renault Sport e a luxuosa Initiale Paris (a marca que a Renault quis tornar independente e acabou a fazer de nível de equipamento). 

VERSION INTENS

Exterior com detalhes que fazem a diferença

O carro está mais curto 12 mm que o anterior e tem menos 30 mm de altura, ganhos, sobretudo, na curvatura do tejadilho e no spoiler traseiro. É nesta zona que o carro perde altura, reclamando a Renault ser esta situação provocada por um refinamento aerodinâmico que permite ganhar algumas gramas de CO2 no valor final homologado. A frente tem o “sorriso” dos modelos Renault e a assinatura LED “C”, sendo que o Clio tem aqui uma novidade, os faróis 100% LED. O capô motor deixou de ser liso e passa a ter nervuras que dão outra robustez ao carro. O para choques também é novo. A superfície vidrada do Clio tem, agora, uma moldura cromada que lhe assenta muito bem. A lateral deixou de ter a onda inferior pintada de preto e a linha de ombros do carro é mais trabalhada.

Depois há os detalhes mais escondidos como os defletores de ar presentes nas cavas das rodas, que limitam as perturbações do fluxo de ar e melhorando a aerodinâmica e consumos de combustível.

VERSION INTENS

Interior totalmente diferente

A Renault reagiu às críticas de falta de qualidade do interior do Clio e nesta quinta geração aumentou a perceção de qualidade e a ergonomia do posto de condução, materiais topo de gama a revestirem quase todo o tabliê, portas e consola central e novos acabamentos mais modernos e com mais qualidade. 

A Renault introduziu o “Smart Cockpit” pensado para aumentar o espaço disponível – com os bancos mais finos há um pouco mais de espaço – e integra as várias tecnologias a bordo. O estilo é mais refinado e dá uma sensação de veículo mais largo no interior.

Um dos destaques é o ecrã multimédia de 9,3 polegadas, o maior de toda a gama Renault. Colocado na vertical, ligeiramente curvado, semelhante ao do Espace, oferece uma imagem muito mais moderna e oferece uma leitura muito maior que anteriormente. O R-Link desaparece e surge no seu lugar o Easy Link, passando a estar disponível com navegação, aplicativos multimédia e ainda a tecnologia Multi-Sense.

Outro destaque é o painel de instrumentos digital, estreia no Clio e que mostra uma evolução tremenda face ao anterior modelo. O ecrã mede de 7 a 10 polegadas, consoante a versão, e permite personalização. A versão de 10 polegadas integra a navegação. Diz a Renault que com os dois ecrãs de 9,3 e de 10 polegadas, o Clio passa a dispor dos maiores ecrãs da categoria.

Como referi, a qualidade subiu de nível num painel de bordo totalmente novo. Composto por três partes, a saber, uma cobertura com revestimento macio, uma zona central revestida e personalizável e uma zona inferior dedicada a elementos funcionais, tais como o porta-luvas. 

Diz a Renault que o desenho em forma de vaga aumenta a perceção de largura do habitáculo. Há várias teclas tipo «piano» e os comandos da climatização – iguais aos do Dacia Duster – estão colocados imediatamente por debaixo do ecrã central.

Nota ainda para o volante mais pequeno, mas com mais comandos nos braços, agora retro-iluminados. Na consola central, há mudanças pois foi elevada, a alavanca da caixa de velocidades é mais curta, a consola pode ser personalizada em função do ambiente interior e até receber uma animação luminosa no contorno exterior. Há 26 litros de capacidade de arrumação (mais 4 litros que no carro anterior), um travão de mão elétrico e carregador sem fios para o smartphone.

Para os bancos, a Renault oferece cadeiras com uma melhor posição de condução, graças ao maior comprimento do assento e a uma forma mais envolvente. A escolha de matérias também foi cuidada, exatamente o que aconteceu para os painéis de porta. Há a possibilidade de personalizar o interior do seu Clio.

CMF-B: plataforma modular inédita 

Desenvolvida desde 2014, a plataforma CMF-B é constituída por 85% de peças novas relativamente à plataforma da geração anterior do Clio.Émais leve do que a plataforma anterior (menos 50 quilos) e adota um fundo carenado, que melhora o coeficiente de penetração aerodinâmica (Cx) em cerca de 0,20. 

A Renault quis oferecer o melhor em termos de segurança e por isso a plataforma foi totalmente revista em tudo o que diz respeito à estrutura da carroçaria, recorrendo a aço de elevado limite elástico e colas de estrutura, para aumentar a força de ligação entre as chapas. Há também um airbag adaptativo do condutor, airbags tipo cortina de grande volume, pré-tensores dos cintos de segurança com limitadores de esforço e fixações ISOFIX com a nova norma iSize. 

A grande mais valia reside na arquitetura elétrica e eletrónica da plataforma que permite a eletrificação do Clio e dos modelos que forem feitos com base na CMF-B. Esta plataforma também já permite incluir todo o conjunto de equipamentos e de sistemas de ajuda à condução mais completo e mais moderno, desde a câmara e o radar frontal, de série em todas as versões, até ao Assistente Trânsito e Autoestrada (autonomia de nível 2).

Motores vão incluir híbrido E-Tech

Com oferta de potências entre os 65 e os 130 CV. A gasolina, estão disponíveis os blocos 1.0 SCe (3 cilindros sem turbo) com 65 e 75 CV e binário de 75 Nm. Depois, o 1.0 TCe (3 cilindros com turbo) debita 100 CV e 160 Nm de binário (mais 10 CV e 20 Nm que o 0.9 TCe). Este motor pode contar com a caixa automática XTronic da Nissan, que conta, também, com o modo D-Step que permite falsificar passagens de caixa que, numa unidade CVT, não existem. Este motor pode ser encomendado com versão GPLK e bi-fuel. Segue-se o TCe 130 CV com 130 CV e 240 Nm, aqui associado à caixa de dupla embraiagem da Renault, a EDC de 7 velocidades, com comando por patilhas no volante.

A oferta diesel está reduzida a duas versões do motor 1.5 Blue dCi com 85 CV e 220 Nm de binário e 115 CV e 260 Nm. A caixa é uma unidade manual de seis velocidades e o motor está equipado com um novo sistema de redução catalítica seletiva (SCR) para o pós-tratamento de óxidos de azoto (NOx).

A versão híbrida E-Tech só aparecerá no próximo ano, com um motor 1.6 litros a gasolina e dois motores elétricos. Terá uma caixa multimodo inédita e o sistema será apoiado por uma bateria de 1,2 kWh. Os arranques ocorrem, automaticamente, em modo totalmente elétrico. A combinação da travagem regenerativa, idêntica ao de um veículo totalmente elétrico, da capacidade de recarregamento das baterias e do rendimento energético do sistema E-Tech, permitem circular, em cidade, reclama a Renault, até 80% do tempo em modo totalmente elétrico, com um ganho nos consumos que pode atingir os 40% relativamente a um motor térmico a gasolina, em ciclo urbano.

Sistema Easy Link

A nova plataforma multimédia Easy Link desdobra-se em três versões, todas elas compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay:ecrã de 7 polegadas, 7 polegadas e navegação integrada e 9,3 polegadas e navegação integrada. Tem uma interface inédita, mais ergonómica e funcional, muito semelhante á de um smartphone. Alguns ecrãs podem ser personalizados, graças a “widgets” de aplicações para que cada um possa aceder, diretamente, às suas funções preferidas.

Contas feitas, o Renault Easy Link apoia-se em quatro áreas base: uma plataforma conectada em 4G, que permite integrar diretamente serviços conectados, entre os quais a chamada automática de emergência em caso de acidente, disponível em todas as versões do Clio; uma plataforma com atualizações automáticas, navegação com informações em tempo real sobre o trânsito e as zonas de perigo, fornecidas pela TomTom, e à incorporação de novas funções como, por exemplo, a pesquisa de endereços Google; utilização simplificada através da interface personalizável e mais intuitiva (pesquisa de morada numa linha como num smartphone, links diretos sempre visíveis para navegar entre as principais funções, atalhos na parte inferior do ecrã, etc.), integração de uma navegação em 3D e ao mais amplo ecrã da categoria (9,3 polegadas, ou seja, duas vezes a superfície de um ecrã de 7 polegadas) e, finalmente, um ecossistema de serviços familiares, com atualizações permanentes, graças aos nossos parceiros, como a Google, a TomTom e a Coyote. O sistema Multi Sense tem três modos de condução: Eco, Sport e MySense, o modo pré-definido.

O sistema Easy Drive agrupa todas as ajudas á condução, divididos em três famílias: condução, estacionamento e segurança. O mais relevante é o Assistente Trânsito e Autoestrada, que é a combinação do regulador de velocidade adaptativo (com Stop & Go) e o assistente de centragem na via. 

Sistema Lane Center Assist do novo Renault Clio

Gepostet von AutoSport am Dienstag, 18. Juni 2019

Ativo dos 0 aos 160 km/h, funciona só nos modelos com caixa automática EDC e regula a velocidade do automóvel, mantendo a distância de segurança para o veículo que circula à frente e garantindo, igualmente, que o automóvel se mantém centrado na via de circulação. Permite parar e arrancar, automaticamente, no tempo de 3 segundos, sem qualquer ação por parte do condutor.

O sistema funciona graças a uma câmara frontal e a um radar, nas estradas em que as marcas no piso (linhas contínuas ou descontínuas) estão corretamente visíveis e com veículos em circulação. Em caso de ausência de linha, é ativado apenas o regulador de velocidade adaptativo. Se não for detetado qualquer veículo à frente, o assistente de centragem na via mantém-se operacional (a partir dos 60 km/h), bem como o regulador de velocidade.

Estamos perante um sistema de condução autónoma de nível 2, exigindo que o condutor mantenha as mãos no volante e os olhos na estrada. O sistema envia um alerta se deixar de detetar as mãos no volante durante 13 segundos. Após mais dois alertas, o sistema desativa-se, automaticamente, ao fim de 48 segundos.

Depois há o regulador de velocidade nas versões normais ou adaptativo com stop&go, controlo automático dos máximos, travagem ativa de emergência, alerta de ângulo morto, reconhecimento dos painéis de sinalização com alerta de excesso de velocidade, alerta de saída involuntária de via e assistente de manutenção de via. O Clio exibe, pela primeira vez, a câmara 360 graus para auxiliar o estacionamento, câmara de visão traseira, sistema de ajuda ao estacionamento dianteiro, traseiro e lateral e, ainda, o sistema de ajuda ao estacionamento Easy Park Assist.

Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)