Renault 5 E-Tech com série especial Roland-Garros
Novo Renault Captur: Já pode encomendar o seu

Renault em 2023: Espace, Scenic e Rafale foram as principais novidades, mas houve mais

By on 29 Dezembro, 2023

A Renault teve um ano particularmente ativo, com muitas novidades e novos produtos a chegarem ao mercado. A marca francesa apresentou uma vitalidade que se louva e além das novidades que vimos em 2023, tivemos já um vislumbre do que vem para o futuro e há motivos mais que suficientes para nos sentirmos entusiasmados.

O ano começou bem para a Renault a nível nacional, com a atribuição do prémio Carro do Ano 2023 em Portugal ao seu Austral. Antes de ter sido anunciado, o Austral também já tinha sido eleito como o “Híbrido do Ano”, sendo que a marca francesa ainda conquistou um terceiro prémio, o de “Elétrico do Ano”, com a escolha do seu Renault Mégane E-Tech Electric. Um começo de ano em grande, que seria apenas um aperitivo para o que viria.

Poucas semanas depois da consagração do Austral, foi mostrado ao mundo o novo Renault Espace, um nome icónico da indústria automóvel. O monovolume francês lançado em 1983 abriu caminho para um novo conceito de automóvel. Passados trinta anos, o nome mantém-se bem vivo, mas a imagem é diferente. O Novo Renault Espace, transformou-se num SUV de 5 e 7 lugares, mantém-se fiel aos genes das 5 gerações anteriores, em sintonia com o tempo, para melhor atender às necessidades dos condutores e passageiros. As dimensões exteriores são menores e é 215 kg mais leve do que o seu antecessor, sendo equipado com uma unidade motriz híbrida E-Tech ultra-eficiente de 200 cv de potência. O referencial baixo consumo de combustível (4,6 litros por 100 km) permite-lhe uma autonomia de até 1.100 km, e a bateria não necessita de qualquer carga. Esta tecnologia do Novo Espace liberta apenas 104 gramas de CO2 por quilómetro.

Portugal é um palco privilegiado e as paisagens de norte a sul continuam a ser muito procuradas pelas grandes marcas para spots publicitários ou para lançamentos internacionais. A Renault é uma das marcas que mais procura o nosso país para lançar os seus novos produtos e fez o mesmo com o novo Espace cuja apresentação internacional, que contou com mais de 350 jornalistas de 20 países, que percorreram as estradas do Porto, Viseu e Aveiro.

Desde 2007, foram 13 as apresentações internacionais que a marca francesa organizou em Portugal, ou seja, uma média de quase uma ação/ano: Clio III R.S. (Braga); Twingo R.S. (Baião); nova geração Clio III (Braga); Laguna Coupé (Algarve); nova geração Laguna e Latitude (Cascais); Fluence Z.E. e Kangoo Z.E. (Cascais); ZOE (Cascais), Mégane IV (Cascais), ZOE Z.E 40 (Óbidos), Master Z.E (Oeiras/Sintra), Mégane R.S. Trophy (Estoril), Clio V (Évora) e Novos Trafic e Master (Cascais). A ação de imprensa do novo Espace foi a 14ª organizada pela Renault no país.

Em abril, chegou mais uma novidade. O Clio V foi alvo de um restyling, já há muito pedido. Depois de 16 milhões de unidades vendidas desde 1990, ano do seu lançamento, a quinta geração do icónico modelo sofreu uma remodelação profunda, com a implementação do novo estilo da marca. E as novidades são claras, especialmente na dianteira que foi completamente revista. O novo Clio foi o primeiro automóvel da Nouvelle Vague da Renault a apresentar uma inovadora assinatura luminosa dianteira. É inspirada no logótipo: as luzes LED diurnas, em cada lado, por exemplo, formam cada uma delas uma metade de um losango erguido. A mudança, apesar de ser na sua grande maioria estética, resultou e deu mais vida a uma das referências do segmento B.

Dando seguimento à onda de novidades que foi chegando por parte da marca do losango, em junho tivemos a apresentação do Renault Rafale, o novo topo de gama da Renault. Um SUV-coupé híbrido que na versão 4X4 tem 300 CV. É mais um automóvel inserido na estratégia ‘Renaulution’. Depois dos bem sucedidos Megane E-Tech 100% Elétrico, do Arkana e do Austral, agora foi a vez da Renault dar o próximo passo no segmento D. O primeiro foi o relançamento do novo e familiar Espace; o segundo é um modelo completamente inovador e ousado: o novo Rafale.

Também o Arkana foi alvo de mudanças. O novo Arkana apresentou um visual distinto para afirmar o SUV Coupé da Renault no segmento C, destacando-se a nova versão topo de gama – Esprit Alpine – com um toque mais desportivo e requintado. Passaram a existir três versões de equipamento e uma maior escolha de tecnologia, alimentadas pela unidade E-Tech, totalmente híbrida, até aos 145 cv de potência no SUV construído com base na plataforma modular CMF-B desenvolvida pela Aliança.

E como a Renault atravessa uma fase de renovação, em setembro foi a fez do Scénic regressar em força. Foi há 27 anos que o nome Scénic entrou no léxico dos condutores europeus. Após ter perdido alguma força nos últimos anos, a Renault voltou a apostar em força num nome que se tornou sinónimo de espaço, conforto, segurança e versatilidade, adjetivos fundamentais para quem procura um carro familiar.

Estávamos em 1996 e a Renault lançava para o mercado o Scénic. O nome não é mais do que um acrónimo para ‘Safety Concept Embodied in a New Innovative Car’ (‘Conceito de segurança incorporado num automóvel novo e inovador’), e a essência do nome foi revista numa nova luz, mais moderna, mais atual, reforçando os pontos fortes, sem esquecer de dar mais tempero à receita.

5.3 milhões de carros vendido e quase três décadas depois, o Renault Scénic E-Tech entra em grande num mundo povoado de SUV, trazendo um toque de estilo e modernidade, mergulhado na eletricidade, a energia que cada vez mais é vista como a solução do presente e não do futuro. Construído sobre a plataforma CMF-EV, desenvolvida pela Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, o seu design é arrojado: a distância entre eixos é pequena em relação à média do segmento, mas o seu espaço é recorde. Foi pensado para uma família com dois teenagers, com todas as comodidades para país e filhos e por isso o interior foi pensado ao pormenor. As encomendas deste novo modelo abriram há poucos dias.

O Renault Kangoo é um caso de sucesso, mais um da marca francesa. O MPV que há 25 anos percorre as estradas de todo o mundo, com mais de 4.4 milhões de carros vendidos continuou a escrever a sua história e na IAA Mobility, salão automóvel e da mobilidade, em Munique, ficamos a conhecer o Grand Kangoo.

Mas além destas apostas fortes, a Renault foi ainda levantando o véu ao muito esperado Renault 5, com estreia mundial marcada para 26 de fevereiro, no Salão Internacional do Automóvel de Genebra. O carro vai ter duas opções de bateria, incluindo uma com 52 kWh de capacidade, com autonomia de até 400 km WLTP. Com um preço a rondar os 25 mil euros, este promete ser um caso de sucesso.

O dinamismo da Renault fez sentir também na resposta às concorrentes. Face à ‘ofensiva’ chinesa de automóveis elétricos com preços mais baixos do que os construtores europeus, assim como à proposta da Citroën com o novo ë-C3, o novo Twingo, cuja entrada no mercado deverá acontecer em 2026, será 100% elétrico e com um preço base abaixo dos 20.000 Euros.

Outras das novidades do ano foi o acordo entre a Renault e a Geely para o desenvolvimento de motores a gasolina e tecnologia híbrida. Trata-se de uma nova joint-venture, detida em partes iguais, e a ideia é desenvolver sistemas híbridos ainda mais eficientes, numa altura em que a maior parte da indústria automóvel se tem concentrado na transição para veículos totalmente elétricos, que requerem investimentos muito mais avultados.

Surgiram também rumores de uma possível aliança entre a VW e a Renault. Segundo a publicação Handelsblatt, há interesse mútuo, embora as conversações estejam numa fase inicial. Quer a VW, quer a Renault procuram lançar em breve veículos elétricos acessíveis, numa fase em que a média dos preços dos EV continua demasiado alta para o consumidor comum europeu. Com o novo Renault 5 e o Twingo, a Renault procura chegar a essa fatia de mercado, e a VW também está a desenvolver esforços para isso, mas se conseguir uma plataforma comum com outra marca(s) poderá diluir os custos e, assim, ter um produto mais barato. Em toda a indústria europeia sabe-se da necessidade de encontrar formas mais eficiente de fabricar carros novos e esta pode ser uma solução que beneficie ambos os lados.

Foi um ano em grande para a Renault, com muitos lançamentos importantes e com um novo rumo bem definido, com 2024 a prometer ser do mesmo nível.

Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)