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Radares de velocidade média: O que são, como funcionam e onde estarão?

By on 25 Abril, 2023

Os dispositivos de fiscalização de velocidade continuam a evoluir e os condutores portugueses terão agora de ter em atenção a presença de radares de velocidade média nas estradas nacionais.

Os radares que os condutores nacionais conheciam até agora, eram de medição de velocidade instantânea. Não são mais do que dispositivos que usam ondas eletromagnéticas para medir a velocidade dos veículos em movimento. Funcionam emitindo um feixe de ondas de eletromagnéticas em direção ao veículo em movimento e medindo a quantidade de tempo que leva para as ondas de rádio refletirem de volta para o radar. Com base nesse tempo de retorno, o radar pode calcular a velocidade do veículo.

Estes podem ser fixos, estando colocados em certas zonas, programados para limites de velocidades específicos e os móveis, que se destacam exatamente pela sua mobilidade e facilidade de colocação.

Agora, entram nesta equação os radares de velocidade média. Mas afinal o que são estes radares e como funcionam? Trata-se de um conjunto de dois radares, colocados num troço especifico de uma via. No primeiro radar, é registada a matrícula do seu veículo, assim como a hora de passagem. Mais à frente nesse mesmo trajeto, estará outro radar que faz exatamente o mesmo. Com base na hora de entrada e saída nesse troço, é calculado o tempo que o veículo demorou a percorrê-lo, assim como a velocidade média. Se o condutor completou a distância entre as duas câmaras num tempo inferior ao mínimo estipulado, significa que não cumpriu o limite de velocidade. Desta forma, considera-se que circulou em excesso de velocidade. Ou seja, numa via em que o limite máximo é de 100km/h, significa que em cada segundo percorre 27.8 metros. Se a distância entre o primeiro e o segundo radar for de 1000 metros, significa que terá de demorar 36 segundos, no mínimo, para percorrer essa distância. Se demorar menos do que esse tempo referência, estará em excesso de velocidade.

Tal como os radares fixos e ao contrário das unidades móveis, estes radares serão identificados com o sinal de trânsito H42. Porém, a sua localização não será fixa, podendo ser alternada entre 20 localizações possíveis.

Já existem locais previstos para a instalação dos radares de velocidade média nas estradas portuguesas. Contudo, a ANSR pode alterar até 30% dos mesmos até ao início da vigência dos contratos. Ainda que não seja definitivo, sabe-se que os distritos e estradas que vão receber os 10 novos radares de controlo de velocidade média, à partida, serão:

  • Aveiro: A41;
  • Beja: En206 e IC1;
  • Castelo Branco: IC8;
  • Coimbra: A1 e EN109;
  • Évora: A6 e IP2;
  • Faro: EN398;
  • Lisboa: A9, EN10, EN6-7 e IC19;
  • Porto: A3.
  • Santarém: A1;
  • Setúbal: EN10, EN378, EN4, EN5 e IC1;

O critério de escolha dos pontos fiscalizados teve em conta o nível de sinistralidade, sendo a velocidade excessiva uma das causas mais apontadas para a sinistralidade nesses pontos. O custo da instalação destes equipamentos deverá rondar os 5,6 milhões de euros. A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) previa que os 50 novos radares de controlo de velocidade a serem instalados neste ano (30 de medição de velocidade instantânea e 20 de medição de velocidade média), entrassem progressivamente em funcionamento ao longo do primeiro trimestre de 2023. Por isso, tenha atenção na estrada.

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