Honda pode anunciar amanhã fecho da fabrica de Swindon, no Reino Unido

Aproxima-se a hora do Brexit ser concretizado e começam a estalar como pipocas os anúncios que podem fazer ajoelhar as ilhas britânicas. A Honda irá anunciar amanhã que irá procede ao fecho da fábrica de Swindon, no Reino Unido, nos próximos três anos.

Surgiu como um rumor e foi ampliando ao longo do dia como bola de neve, mas parece certo que, amanhã, a Honda anunciará, oficialmente, que irá fechar, nos próximos três anos, a unidade de produção de Swindon, colocando em risco mais 3500 postos de trabalho.

Quer isto dizer que, ao contrário do que os euro-céticos que atiraram as ilhas britânicas para o Brexit e a desajeitada primeira ministra britânica, Theresa May, esperava, a plataforma de produção europeia situada no Reino Unido, esfarela-se como duna batida pelo vento de um acordo que não se vislumbra possível.

Para a Honda tudo se torna mais problemático, pois a ameaça de Donald Trump em taxar, de forma violenta, as importações europeias, teria fortíssimo impacto no Civic, um dos carros que a Honda mais vendo do outro lado do oceano.

Mas, nestas coisas há sempre um, mas!, esta decisão brusca pode ter outro pano de fundo. O Governo japonês acaba de concluir um acordo com a União Europeia no sentido de fazer desaparecer as taxas de importação de carros feitos no Japão nos 27 países da União Europeia, esvaziando de justificação a manutenção de uma fábrica ou uma plataforma de fabrico e distribuição na Europa. Como o Civic também é produzido na Turquia, fará mais sentido levar para lá toda a produção.

O fim da fábrica de Swindon não é uma ideia nova, pois parte da mesma estava já desativada pois deixou de produzir o Jazz e o CR-V, estando longe das 230 mil unidades que já produziu em 2008. Hoje rondará metade desse valor.

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