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Hertz evita a falência com um acordo de última hora

By on 7 Maio, 2020

O grupo norte americano do milionário norte americano Carl Icahn salvou-se quando estava com a cabeça no cadafalso.

A Hertz conseguiu evitar uma falência de proporções inimagináveis graças a um acorde de última hora com os credores ao conseguir alargar o prazo para o pagamento do leasing dos 500 mil veículos que fazem parte da sua frota mundial.

Como o AUTOMAIS já tinha noticiado, a Hertz falhou esse pagamento devido em abril. Houve uma primeira moratória até dia 4 de maio, que a companhia norte americana voltou a falhar, conseguindo, agora, adiar até 22 de maio o pagamento.

Estes dias de moratória vão permitir à empresa respirar e encontrar um plano para enfrentar os danos provocados pela travagem a fundo do turismo em todo o mundo deixando quase toda a frota da Hertz parada. 

Em comunicação feita á SEC (a CMVM norte americana), a Hertz refere que “vai desenvolver uma estratégia financeira e uma mudança estrutural que reflita o impacto na economia da atual crise provocada pelo Covid-19.”

O grupo Hertz, onde Carl Icahn é o maior acionista com 39%, experimentou uma súbita perda de receitas que afetou o negócio de forma decisiva. Se não fosse alcançado este acordo, a Hertz iria mesmo apresentar o pedido de falência para se proteger dos credores. A Avis, empresa muito maior que a Hertz e com muito melhores resultados financeiros, registou um prejuízo de 158 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2020, mas em nenhum incumprimento.

A Hertz já avisou que não espera que o negócio recupere até ao mês de junho, desde que os Estados Unidos abram a economia e as viagens de avião e que na Europa suceda o mesmo. Recordar que os lucros da maioria das empresas de “rent a car” vêm do turismo e dos aeroportos.

Por outro lado, as empresas de “rent a car” estão assentes num negócio que envolve o valor residual dos veículos na revenda como usado. A queda dos preços dos usados nos EUA e na Europa, veio adicionar mais problemas aos que já existiam, reduzindo de forma clara a liquidez das empresas. No caso da Hertz, já tinha despedido 10 mil colaboradores, um quarto da sua força de trabalho nos EUA, em abril e mais despedimentos estão a caminho. 

A Hertz já estava numa posição ajoelhada, devido a uma dívida enorme e uma gestão acusada de despesista e pouco eficaz. Por isso, antes do Covid-19, a empresa estava prestes a entrar num plano de recuperação depois de prejuízos de 58 milhões de dólares em 2019.

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