Opel: Frontera está de volta – veja as primeiras imagens
Opel: Gama comercial eletrificada e com opções a hidrogénio

Há 75 anos, a fábrica de Rüsselsheim retomava finalmente a sua produção

By on 9 Dezembro, 2022

Depois de ter sido quase totalmente destruída durante a Segunda Guerra Mundial, a principal fábrica da Opel demorou apenas dois anos e meio até retomar a sua produção em pleno.

A Opel continua a ser um dos construtores de automóveis mais histórico no continente europeu, até porque a sua história começou muito antes desses mesmos automóveis. E neste ano em que se encontra a comemorar o 160º aniversário, é o momento certo para revisitar alguns dos momentos mais importantes do seu histórico.

Um deles, aconteceu imediatamente a seguir ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Nesta altura, pouco restava das instalações da marca junto ao rio Meno, pelo que a reconstrução da fábrica foi rapidamente iniciada, com o objetivo de retomar a produção de veículos o mais rapidamente possível. No verão do ano seguinte, em 1946, o primeiro camião Blitz de uma tonelada e meia deixa a fábrica, sendo que esta ainda se encontrava em construção. E no final de 1947, é então reativada a produção em série de automóveis de passageiros, sendo o Opel Olympia o primeiro a sair a linha de montagem.

A empresa com sede em Rüsselsheim elegeu, assim, um modelo que já havia feito história aquando da sua estreia doze anos antes: em 1935, o Olympia foi o primeiro automóvel alemão produzido em série a ter uma carroçaria autoportante totalmente em aço, o que, graças ao seu baixo peso, permitiu melhorar o desempenho de condução e baixar o consumo de combustível. Ao mesmo tempo, a conceção da moderna e mais segura carroçaria abriu caminho à produção em grande escala. Estes foram os melhores pré-requisitos para um regresso bem-sucedido à produção de automóveis de passageiros, em 1947.

Em particular, o Olympia de 1947 difere do seu antecessor por adotar um eixo dianteiro melhorado, dotado de triângulos duplos, e uma distância entre eixos ligeiramente menor. O eixo e a direção do automóvel de duas portas eram, então, provenientes do Opel Kapitän. Este conceito permitiu acelerar a produção de automóveis de passageiros em Rüsselsheim. Menos de um ano depois, o Opel Kapitän maior, de quatro portas, inicia a produção em série, para mais tarde, a 8 de junho de 1949, os funcionários da Opel anunciarem a produção do Olympia número 100.000, uma unidade com um motor de 1,5 litros. Em paralelo, a fábrica principal em Rüsselsheim dá continuidade à produção de um produto “refrescante” que hoje apenas algumas pessoas associam à marca: o frigorífico “Frigidaire”, muito procurado na época e que se tornou um bestseller nos anos 50.

Mas a pedra basilar para a florescente produção em Rüsselsheim – e para a mobilidade de milhões nos anos seguintes ao chamado “Wirtschaftswunderjahre” (“anos do milagre económico”) alemão – é lançada já no final dos anos 40, através de modelos como o Olympia e Kapitän, entre outros, modelos que permitem a mobilidade a uma grande parte da população, bem como as mais acessíveis inovações. Este é um lema que a Opel tem mantido ao longo das décadas e que continua a inspirar as pessoas, através de modelos tão práticos quanto emocionais e, ao mesmo tempo, acessíveis. Assim, não é de admirar que a mais recente geração do bestseller da classe dos compactos, o Opel Astra, seja também ele fabricado na sede da empresa.

Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)