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Como seriam os carros atuais há 50 anos?

By on 24 Abril, 2020

Todos os carros atuais têm um antepassado? Claro que não! Mas há um ilustrado holandês, chamado Ruben Ooms, que decidiu que todos os modelos têm um antepassado. Então, pegou no estilo de antanho e desenhou o que seriam os antepassados de alguns modelos atuais. O resultado é muito interessante e divertido, fresco para estes dias que se adivinham de sol. A galeria tem nas legendas a explicação do artista sobre a sua ideia.

 

Mercedes Classe A – 1955

Na época, a Alemanha recuperava da guerra e a maioria dos alemães não tinha dinheiro para mais que bicicletas e para os BMW Isetta. Porém, o construtor mais importante da Alemanha, a Mercedes, lançava o SL e os modelos de topo que forjaram a imagem da casa de Estugarda. Quase 40 anos depois a Mercedes envolveu-se no segmento dos familiares compactos. Para Ruben Ooms, seria algo entre o Carocha e o Mercedes 180 “Matateu” e teria uma aparência de mini carrinha.

 

Peugeot 103 – 1955

Sempre foi uma das principais marcas francesas, previsível e conservadora. Um carro como o 1007 seria quase impossível nos anos 50 mas caso existisse, o 103 teria a face do moderno 403 (lançado em 1955), os guarda lamas do mais velho 203 e as portas deslizantes. O que significaria que este 103 só apareceria em 1964, ou seja, 11 anos depois do pensado por Ruben Ooms, pois foi nesse ano que a Volkswagen as usou, pela primeira vez num automóvel, no Type 2 “pão de forma”. O vidro panorâmico também não seria algo fácil ou barato de fazer…

 

Alfa Romeo Gina – 1960

Esta seria a aparência do antepassado do Mito. Chamar-se-ia Gina (nome nçao muito feliz em Portugal…) e teria o tamanho do Fiat 500. O que seria muito improvável, já que a Alfa Romeo fazia carros desportivos com motor dianteiro e tração traseira. Claro que poderiam ter-se inspirado no Mini de Alex Issigonis, que compactou um motor de quatro cilindros, caixa de quatro velocidades, diferencial, quatro lugares e um porta luvas na traseira. A Inoccenti fez um carro baseado no Mini. No caso da Gina, a frente seria do Giulietta, as laterais do Giulia e o motor com 1300 c.c.. Infelizmente, a Gina não foi criada, a Alfa Romeo acabou comprada pela Fiat e o Mito só apareceu quando foi pensado mais um dos planos de revitalização da casa de Arese, criando o Mito a partir do Grande Punto.

BMW E07 – 1956

O antecessor do i8 poderia mesmo ser assim e ter ou um motor elétrico ou a vapor. Ou mesmo a gás! Se a motorização elétrica não tivesse perdido a luta com os motores a gasolina e diesel e o BMW 507 poderia ser bem diferente. O antepassado do i8, confesso, tem muito bom aspeto… mas o 507 era bem diferente e tinha debaixo do capot um V8 de 3.2 litros.

 

 

Citroen IC – 1962

Arrojada e inventiva, seria precisa alguma coragem, nos anos 60, para lançar este IC. Depois do 2CV e do DS, até poderia ser entendido e aceite, mas feito com base no Ami 6, o resultado não seria fabuloso. Mais simples em termos tecnológicos que o DS – o Ami6 era bem mais barato – mas tinha aquilo que seria o antepassado dos Airbumps atuais que parece que apareceram, mas também vão desaparecer rapidamente.

 

 

Porsche 999 – 1972

Heresia!!! gritaram os guardiões da história e herança da história da Porsche quando a casa de Zuffenhausen lançou o Cayenne. Um SUV que acabou por salvar a marca e dar-lhe um fôlego hoje impressionante. Por isso seria impensável que a Porsche lançasse em 1972 um jipe com o escudo de Estugarda. O 999 teria este aspeto meio desajeitado, com suspensões subidas, pneus de trator e com um estilo cuja frente seria do 911, o resto oferecido pela Volkswagen, nomeadamente, o resto da carroçaria com quatro portas e com o motor colocado na traseira. Surreal…

 

Tesla Model C – 1936

Os motores elétricos eram a grande moda nos Estados Unidos e em Nova York era moda e bem ser visto ao volante de um carro elétrico, mais de uma centena de anos antes da Tesla ser criada por Elon Musk. Os veículos elétricos surgiram na “Big Apple” ainda antes dos grandes V8 típicos das estradas norte americanas. Por exemplo, Clara Ford, mulher de Henry Ford, não queria um Model T e em 1914, o marido comprou-lhe um Detroit Eletric com uma autonomia de 128 km a uma velocidade de 32 km/h. Este modelo, futurista, poderia muito bem ter sido o produto de um investimento bilionário e o antecessor do Tesla Model S. Mas temos de ter uma imaginação muito forte para ver neste modelo um antecessor do atual modelo.

Range Rover Evoque – 1979

Durante os anos 70 do século passado, Land Rover, Range Rover e Jaguar andavam “embrulhadas” na confusão que era a British Leyland. Talvez por isso, nunca tiveram a ideia de replicar aquilo que a Matra fez com a Simca, um modelo barato, o primeiro SUV da história do automóvel europeu, chamado Rancho. Mas se tivessem pensado nisso, seria assim que o antecessor do Evoque seria. E sem restrições de segurança e de bagageira ou outras, o Evoque dos anos 70 seria muito interessante. Tenho a certeza!

 

Audi R8 – 1980

Este está feito com uma mistura de BMW M1 e Lancia Beta Montecarlo, por acaso com um estilo interessante que poderia ter feito a vida difícil ao Porsche 928. O modelo contaria com o sistema de tração quattro do Audi Quattro e o motor de cinco cilindros sobrealimentado. Seria este o rival do BMW M1 nas pistas, mas a Audi decidiu seguir para os ralis. Percebe-se a inspiração no M1: o carro foi pensado para ser homologado para as corridas e era para ser construído em Itália, ironia das ironias, pela Lamborghini agora parte do grupo VW, dona da Audi. Acabou por a BMW se desentender com os italianos e acabou a construir o carro em Garching, na Alemanha, embora com desenho italiano de Giorgetto Giugiaro.

Toyota Prius – 1977

A crise do combustível quase que dizimava a industria automóvel, pelo que no final dos anos 70, este Prius seria muito bem vindo. Na época, a General Motors criou o Electrovette, um protótipo criado com base no Chevette que tinha um motor a eletricidade com 80 km de autonomia a 48 km/h. Como seria um Prius? Daria um bom táxi de cidade?

 

 

Dodge Viper – 1965

A perda de Virgil Exner, o mítico responsável pelo estilo da Chrysler, deixou a Dodge um pouco perdida. Este antepassado do Viper teria sido uma boa solução para recuperar vendas, graças a um carro com um capot longo e todos os códigos dos “muscle car” americanos. É verdade que o Viper, com características semelhantes, apareceu, mas só em 1991.

 

 

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