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Automóvel Club de Portugal faz 120 anos!

By on 15 Abril, 2023

Duas décadas já lá vão após o primeiro centenário do grémio dos automobilistas portugueses. O Automóvel Club de Portugal cumpre hoje, 15 de abril, 120 anos de existência. Parabéns.

O Automóvel Club de Portugal (ACP) foi fundado em 15 de abril de 1903 com o objetivo de promover o uso seguro e responsável do automóvel em Portugal. Ao longo de sua história, o clube tornou-se numa das organizações mais influentes e respeitadas do país, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento da indústria automobilística portuguesa e especialmente na defesa dos direitos dos automobilistas.

Desde sua fundação, o ACP tem trabalhado para promover a segurança nas estradas, a educação dos motoristas e o desenvolvimento do setor automóvel em Portugal.

O clube oferece uma ampla gama de serviços aos seus membros, incluindo assistência em caso de acidentes de trânsito, inspeções a veículos, serviços de reboque e muitos outros.

Ao longo dos anos, o ACP tem sido uma voz ativa na defesa dos interesses dos automobilistas portugueses, trabalhando em estreita colaboração com o governo e outras organizações não só mas também para melhorar a segurança nas estradas, reduzir o número de acidentes e especialmente proteger os direitos dos automobilistas.

Atualmente, o ACP é uma das organizações mais antigas e respeitadas de Portugal, com mais de 200 mil sócios por todo o país.

Falar do Automóvel Club de Portugal (ACP) significa também ter que falar do Grande Prémio de Portugal de F1 e especialmente do Rally de Portugal, esta última, que nas mãos do ACP foi várias vezes considerado o Melhor do Mundo, e é hoje em dia uma das principais provas de ralis do mundo, e um evento muito importante para o turismo e a economia portuguesa. Sem esquecer, claro está, a Baja Portalegre 500, uma prova histórica no TT nacional e mundial, o Rally Portugal Histórico e as 24 Horas TT de Fronteira.

Desenvolver e adaptar-se

O ACP acompanhou, e em muitos casos impulsionou, o próprio desenvolvimento do automóvel em Portugal e tem vindo ao longo dos anos a adaptar-se à sociedade moderna, mas alguns dos pressupostos dos fundadores mantêm-se – a defesa dos interesses dos automobilistas e uma aposta no progresso e desenvolvimento do automóvel, atendendo à sua importante função social.

Inicialmente o clube foi constituído por alguns “carolas” que em 1903 entenderam que estávamos a entrar numa nova era – a era do automóvel – e que a sociedade civil tinha de se começar a organizar, já que o automóvel era um fenómeno relativamente novo.

Inicialmente, o ACP esteve muito ligado ao desporto, ou seja a uma vertente mais desportiva, nomeadamente através da organização da primeira corrida de automóveis em Portugal – o Figueira da Foz-Lisboa.

Posteriormente, o ACP assumiu um papel pioneiro em vários momentos da história do automóvel em Portugal: O primeiro mapa das estradas português é da autoria do Clube; até à década de 20 o ACP foi a única entidade a sinalizar as estradas, mais tarde ‘sponsorizou’ os célebres cantoneiros, responsáveis pela manutenção e limpeza das estradas.

Em 1933, foram atribuídos os primeiros alvarás para escolas de condução em Portugal às escolas de condução do ACP em Lisboa e no Porto. Nas décadas de 60 e 70 colaborou ativamente com a Direção Geral de Turismo para a promoção do Turismo em Portugal, sempre se abrindo à sociedade e agindo em defesa dos interesses dos automobilistas.

O primeiro mapa

O primeiro mapa das estradas de Portugal foi da autoria do ACP, teve que ser feito no meio da estrada a desenhá-lo. O ACP, nos primeiros tempos, foi a única entidade que sinalizou estradas, ainda existem em Portugal, marcos toponímicos com o símbolo do ACP.

O ACP foi uma peça fundamental para o arranque do automóvel e do automobilismo em Portugal. Mais tarde ‘sponsorizou’ os cantoneiros, foram os pioneiros das escolas de condução. Em 1933, o ACP teve o alvará número 1 e número 2 nas escolas de Lisboa e do Porto. Em 1933 arrancaram os primeiros reboques e pronto-socorro do ACP, com o clube, também nesse aspecto a ser pioneiro.

A FIA teve 13 fundadores, um dos quais é o ACP, quando foram fundados havia pouco mais de duas centenas de automóveis em Portugal. Nos anos 60 e nos anos 70 o ACP fez uma série de iniciativas com a Direcção Geral de Turismo e assumiu um papel de promotor do Turismo em Portugal. Outro período importante foi após a descolonização, em que montou com o Governo uma mega-operação de resgatamento dos milhares de carros de portugueses que abandonavam as colónias.

Datas importantes do Clube no Séc. XX

1903

A fundação do Real Automóvel Club de Portugal remonta ao dia 15 de Abril de 1903, data em que foi aprovado o projecto dos respectivos Estatutos e em que foram eleitos, por aclamação, os primeiros corpos gerentes. O Real ACP, passaria a ter existência legal a 31 de Maio, aquando da aprovação dos seus Estatutos pelo Governador Civil de Lisboa, figurando como Presidente Honorário o Rei D. Carlos, como Vice-Presidente Honorário o Príncipe D.Luís Filipe e como Presidente Perpétuo da Assembleia Geral o Infante D.Afonso. O emblema do Real ACP seria aprovado em sessão de 7 de Junho desse mesmo ano, apresentando a particularidade de ter sido desenhado pelo punho do próprio Rei D.Carlos, que colocou à consideração da Direcção os seis estudos que realizou. A acção desenvolvida pelos dirigentes do Real ACP nos anos que se seguiram à fundação apontou, desde logo, quais os caminhos que o Club deveria trilhar no futuro: luta constante e persistente por leis mais justas e condições mais favoráveis para o automóvel e para os automobilistas; esforços e iniciativas tendentes a melhorar o estado das estradas e a segurança da circulação rodoviária; promoção a todos os níveis do desporto automóvel; desenvolvimento do turismo e incremento das relações com os clubes congéneres estrangeiros.

1908

Em sinal de luto pelo assassinato do rei D.Carlos e do Princípe D.Luis Fillipe, em 1908, o real ACP não realizou corridas nem concursos, mas prosseguiu a sua acção no que se refere à luta em prol dos direitos dos automobilistas. Durante o período que antecedeu a República, o real ACP obteve ainda outras vantagens importantes, conseguindo que o Governo mandasse reparar várias estradas e construir novos troços.

1910

Alguns dias após a implantação da República, em 28 de Outubro de 1910, a Direcção do Club depôs o seu mandato nas mãos do Vice-Presidente da Assembleia Geral, sob a presidência do Marquês de Castelo Melhor, que se reuniu 6 de Março de 1911 e, além de proceder à eleição de novos corpos gerentes, decidiu eliminar o título Real, que perdera o significado com o termo da Monarquia, passando a designar-se Automóvel Club de Portugal. A Direcção eleita, presidida pelo Dr.António Macieira, manteve a preocupação pelo estado deficiente das estradas do País, preocupação esta que se encontra na origem de numerosas medidas tomadas, desde iniciativas directas a colaborações oficiais, desde diligências discretas a protestos públicos.

1934

Em Julho de 1934, foi inaugurada a Escola de Condução de Lisboa, seguida das do Porto em 1935 e de Coimbra em 1960. No ano seguinte, o ACP criou uma secção designada por Centro Português de Turismo, que passou a representar o País na Alliance Internationale de Tourisme (AIT) e deu imediatamente início a numerosas acções, tendentes a promover o Turismo. Neste mesmo ano, foi conferida ao ACP a Comenda da ordem de Benemerência, com que se quis distinguir em especial a acção do Club tendente à aquisição de fundos de Assistência Pública. Os anos seguintes foram marcados pelas consequências da II Guerra Mundial, que também se fizeram sentir, entre nós, de modo significativo.

1976

A nível internacional, salienta-se em 1976, a participação da Delegação do Club no congresso da FIA em que o Presidente Dr. Pinto Balsemão foi eleito para o Comité, orgão de cúpula daquela organização.

1981

Em Maio de 1981, foi constituída por escritura a empresa associada ACP-Viagens, Lda., com o objectivo de explorar as actividades próprias das agências de viagens.

1987

Em 1987 é constituída a empresa associada ACP-Serviços, Lda., que tem actualmente como objecto social a prestação de serviços nas áreas de tráfego, nomeadamente a veículos automóveis, reboques, ciclomotores, atrelados e barcos de recreio, bem como a prestação de serviços de informática.

1993

O Presidente do ACP, Sr. Alfredo César Torres é eleito por unanimidade e aclamação, a 10 de Junho de 1993, para Presidente-Delegado do Conselho Mundial da FIA para o Desporto Automóvel. Em 1993 foi criado um Centro de Exames de Condução Automóvel, no Prior Velho, a que se seguiu em 1994, o do Norte (Maia). Em 20 de Setembro de 1993, foi constituída a empresa associada ACP-Mediação de Seguros, Lda. (sendo o objecto exclusivo o exercício da actividade de mediação de seguros), tendo iniciado a sua actividade em Abril do ano seguinte.

1994

Em 1994 foram constituídas as empresas ACP-Seguros – Sociedade Mediadora, Lda. e a Controlauto, tendo esta como actividade principal a gestão de centros técnicos de inspecções periódicas para todo o tipo de veículos automóveis. Esta Sociedade é constituída pelo Instituto de Soldadura e Qualidade, BRISA, ACP, ANTRAL E TRANQULIDADE.

1998

Foi, para o ACP, um ano de eleições para os Corpos Sociais. As alterações introduzidas neste ano, visaram não só a prestação de mais e melhores serviços aos sócios, como também uma maior eficácia e redução de custos na estrutura.

O ACP, conjuntamente com a DGV, promoveu em cerimónia na FIL, a apresentação do Novo Código da Estrada-Revisto. O ACP foi responsável, em Portugal, pela Campanha 10 segundos…que podem salvar a sua vida, a qual teve o apoio da Comissão Europeia e decorreu em simultâneo em toda a UE.

Foi o ano em que as questões da poluição automóvel do meio ambiente estiveram em relevo (programa Auto-Oil). Com o objectivo de combater a sinistralidade rodoviária em Portugal foi lançada a maior operação de fiscalização de algumas rodovias (IP5 e EN125) jamais verificada no nosso País: a da Tolerância Zero. Foram ainda introduzidas diversas novidades no normativo do ensino e do exame de condução.

Foi também o ano em que mais se terá perspectivado a alteração do IA, um dos factores de bloqueio à efectiva renovação do parque automóvel, uma vez mais esquecido, tal como se acentuaram, injustificadamente, valores excessivos dos impostos sobre os preços dos combustíveis. Os índices de sinistralidade mantiveram-se preocupantemente elevados durante 1998.

1999

Ao longo do ano em apreço a actividade do ACP foi caracterizada por uma austera disciplina de gestão e norteada pelo objetivo estratégico de alargar e rejuvenescer a base social para assegurar, no futuro, o crescimento do volume das quotizações, tendo sido feitos investimentos significativos no sentido da reorientação organizacional, do lançamento de campanhas de angariação e fidelização de sócios e da disponibilização de mais e melhores benefícios, tudo tendente a gerar a convicção, comprovável, de que vale a pena ser sócio do Club.

Preconizou-se a redução da carga fiscal que recai, por diferentes formas, sobre o automobilista, nomeadamente o Imposto Automóvel. Questionou-se o preço de venda ao público da gasolina por não acompanhar a cotação em baixa acentuada do “crude”. Verberou-se a deficiente sinalização e a conduta da operação “Tolerância Zero” na EN 125. Defendeu-se a necessidade de reforçar as medidas tendentes a aumentar a segurança rodoviária através, quer da melhoria do ensino da condução, quer da renovação do parque automóvel, quer ainda da melhoria da sinalização e da conservação das estradas. Pugnou-se, também, pela preservação do meio ambiente, tendo nomeadamente aderido ao Acordo sobre a gestão dos resíduos da manutenção e dos veículos em fim de vida.

1999

Ao longo do ano em apreço a actividade do ACP foi caracterizada por uma austera disciplina de gestão e norteada pelo objetivo estratégico de alargar e rejuvenescer a base social para assegurar, no futuro, o crescimento do volume das quotizações, tendo sido feitos investimentos significativos no sentido da reorientação organizacional, do lançamento de campanhas de angariação e fidelização de sócios e da disponibilização de mais e melhores benefícios, tudo tendente a gerar a convicção, comprovável, de que vale a pena ser sócio do Club.

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