Relatório de Sinistralidade Rodoviária: ‘mesmos’ acidentes, menos mortos, mais feridos graves
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Automóveis: Incentivo ao abate pode ter impacto na sinistralidade rodoviária

By on 2 Fevereiro, 2024

Não há muito tempo, a ACAP deixou recomendações aos políticos portugueses que visam renovar o ‘velhíssimo’ parque automóvel em Portugal. A ACAP propôs a reintrodução de mecanismos de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, para acelerar a substituição dos veículos convencionais mais antigos e poluentes por veículos de baixas emissões, tal como aconteceu em Espanha, Itália ou França.

O Governo introduziu um artigo na Lei do Orçamento do Estado que prevê a implementação deste Programa, pelo que a ACAP exige a sua rápida aprovação. A Associação sublinha ainda a importância de retirar de circulação de veículos em fim de vida (VFV) com emissões médias de 170 g/km de CO2, substituindo-os por veículos com emissões médias de 95 g/km (incluindo elétricos, híbridos plug-in e veículos a gasolina e gasóleo).

É óbvio que as recomendações da Associação do Comércio Automóvel de Portugal visam não só a questão das emissões, mas também o negócio e o mercado automóvel, mas a verdade é que os incentivos ao abate de automóveis velhos e à compra de novos pode ter também um impacto significativo na sinistralidade rodoviária em cada país.

Por exemplo com a melhoria da segurança: novos veículos geralmente possuem tecnologias mais avançadas de segurança, como sistemas de travagem assistida, o controlo eletrónico de estabilidade (ESP), câmaras de visão panorâmica e sensores de colisão. Esses recursos reduzem os riscos de acidentes e consequentemente a sinistralidade rodoviária.

Por outro lado, os carros antigos são menos seguros do que os modelos mais atuais, portanto, quando estes se envolvem em acidentes, as pessoas que lá viajam têm maior probabilidade de sofrer ferimentos graves ou até mesmo morrer. A substituição desses carros por modelos mais modernos e seguros pode levar a uma diminuição nos danos causados por acidentes.

Como é óbvio, a quase totalidade das pessoas que rodam com carros ‘velhos’, não adquirem outros mais recentes porque não podem, e o incentivo ao abate seria claramente uma medida que iria também reduzir a sinistralidade rodoviária e essa não tem preço…

FOTO Freepik

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