Opel Mokka-e elétrico GS Line – Ensaio Teste

By on 4 Julho, 2023

Ao contrário de outras marcas, a Opel fez bem em não optar por desenhar automóveis diferentes para as suas versões elétricas. Já não há-de passar muito tempo para que as pessoas entendam os elétricos como mais uma opção nas gamas, e no caso da Opel, e especificamente este Mokka, que foi o primeiro com a nova ‘cara’ da Opel, ainda bem que a sua versão elétrica assim ficou, pois esta identidade da Opel foi muito bem conseguida. Paralelamente, o Mokka elétrico foi igualmente o primeiro modelo disponível desde o início da comercialização com propulsão totalmente elétrica.

Com um motor de 136 cv e uma autonomia de até 324 quilómetros WLTP, este Mokka vê na cidade a sua zona de conforto, pois a posição de condução um pouco mais elevada, e o facto de ter apenas 4.15 metros torna-o um bom ‘amigo’ em zonas urbanas.

Um dos grandes predicados deste carro, apesar de gostos, não se discutirem, é a sua estética. O carro é muito bonito, chama claramente a atenção na estrada.

Já o seu desempenho não impressiona, mas cumpre mais do que de forma suficiente.

Com o motor elétrico de 100 kW/136 cv e 260 Nm de binário temos nas mãos um carro que é desenvolto, mas que com uma bateria de apenas 50 kWh, não pode contar demasiado com a sua autonomia se tiver que fazer maior percentagem de estrada, mesmo dentro das grandes cidades, ainda que para a vastíssima maioria chegue e sobre, só o tendo que carregar após 3 ou 4 dias.

No meu caso a fazer por volta de 60 km diários, entre pára-arranca (20%), zonas urbanas (30%) e estrada mais rápida, se não houver trânsito, só tive de o carregar passados quatro dias. E não esquecendo que o Mokka Electric recupera energia durante a desaceleração ou a travagem e pode recarregar a bateria até 80 por cento em cerca de 30 minutos, se utilizar uma estação de carregamento de corrente contínua de 100 kW.

Não é barato, há concorrentes um pouco mais baratos sensivelmente com características similares. Este Mokka-e partilha a base com o DS3 Crossback E-Tense e o Peugeot e-2008, não é um carro super ‘performante’, não é isso que se pretende nestas gamas de carros elétricos, mas os 136 cv e a autonomia que ronda os 300 Km são uma base boa para o que a grande maioria das pessoas precisa no dia a dia.

Esta versão elétrica com bateria de 50 kW e 136 cv começa nos 40.365€, esta versão GS pode adquiri-la a partir dos 42.465€ e a versão deste ensaio custa 44.615€.

Exterior

8/10

O Opel Mokka-e tem um design moderno e atraente, com linhas aerodinâmicas e uma aparência distinta e um estilo contemporâneo. Este Mokka estreou a nova filosofia de ‘design’ da Opel, com Opel Vizor e o Pure Panel, que é bastante apelativa e uma ‘quebra’ enorme com o passado recente da Opel no que ao design diz respeito. O carro é visualmente impactante, não é grande nem pequeno, é um pouco ‘encorpado’, as vias largas dão-lhe um bom aspeto, e pelos vistos a Opel conseguiu torná-lo eficiente em termos aerodinâmicos com um coeficiente de penetração no ar (cD) de apenas 0.32, o que como se sabe ajuda na procura da máxima eficiência e autonomia desta versão 100% elétrica.
O carro destaca-se pela inconfundível secção dianteira, Opel Vizor, que agrega a grelha, os faróis e o logótipo da marca num único módulo. O Mokka é bonito, tem presença marcante na estrada, para quem valoriza muito esse aspeto.

 

Interior

7/10

Como seria de esperar o interior reflete igualmente a filosofia de um novo ‘design’ e o Opel Pure Panel, que integra dois ecrãs digitais de grandes dimensões e está centrado no que é essencial, foi bem pensado e também muito importante, não tem demasiadas distrações, é intuito, embora, como todos, careçam de alguma atenção a aprendizagem.
Nota-se que há ali trabalho de simplificação digital, com o claro objetivo de não distrair o condutor. As funções mais importantes estão entregues a comandos diretos, sem ser preciso navegar através de submenus. Ainda existem botões físicos, mas o ecrã do Mokka quase os dispensava. Mas em nada incomodam.
De resto, alguns dos plásticos do habitáculo estão longe de ser os ideais.
Gostei também da insonorização, o Mokka-e é bem refinado.
A posição de condução está alta q.b, para mim é perfeita, já estou numa fase da vida em que gosto de ver bem a estrada, vê-se bem para a frente e para os lados, mas o pilar entre as portas dianteiras ‘trama’ um pouco a visibilidade para quem, como eu tem 1,82 m. É um pouco chato, mas nada de inultrapassável. As regulações do alcance e da altura do volante e do banco do condutor, permitem uma confortável posição de condução.
Quanto ao espaço, como se sabe este Mokka mudou de forma em relação ao carro que substituiu, é mais curto mas mais largo, e desde que os cinco ocupantes não sejam jogadores de basquetebol, tem capacidade para acomodar uma família, ainda que o espaço não seja soberbo. Longe disso. No que ao espaço traseiro diz respeito, tenho críticas a fazer, se os passageiros forem mais altos. A bagageira também pode ser considerada pequena em comparação com outros veículos do mesmo segmento.
Tendo em conta a gama, a qualidade interior não desaponta, mas também não deslumbra.

 

Equipamento

7/10

Em geral, o Opel Mokka elétrico oferece uma variedade de recursos e tecnologias comparáveis ​​aos seus concorrentes diretos no segmento de veículos elétricos compactos,
Um dos pontos a destacar é a iluminação LED de elevada qualidade, incluindo a mais recente geração de faróis adaptativos de matriz de LED IntelliLux, equipamento raro neste segmento de mercado. De série podemos contar ainda com alerta de colisão dianteira com travagem automática de emergência em cidade e deteção de peões, programador de velocidade com limitador, deteção de cansaço do condutor, reconhecimento de sinais de trânsito, programador de velocidade adaptativo com função Stop&Go em combinação com caixa automática, assistência ativa à manutenção em faixa de rodagem, alerta de ângulo cego, alerta de flancos, sistema de estacionamento automático, câmara traseira grande-angular (180º), sistemas de informação e entretenimento compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto, topo de gama Multimedia Navi Pro com navegação e mapas da Europa em 3D, recarregamento de telemóveis por indução (sem fios), serviços Opel Connect com navegação LIVE em tempo real, chamadas de emergência e assistência em estrada.
Bancos dianteiros ergonómicos, disponíveis forrados a couro e com função de massagem, versão desportiva GS Line com assinatura original vermelha que percorre a linha superior das janelas, elementos decorativos em preto, carroçaria em duas cores e interior com decoração em preto e vermelho e por fim climatização automática, fecho centralizado de portas e ignição sem chave. Claro que neste caso este ensaio foi realizado na versão de topo pelo que há que ver bem caso a caso, cada versão o que traz.

Consumos

7/10

O Consumo anunciado de energia (kWh/100 km, WLTP) é de 17.4, é nós com isso em mente, não fugimos muito desse valor, mas talvez tivesse um pouco mais de cidade ‘pura e dura’ do que o ideal, mas seja como for deu para perceber que o consumo do Mokka, se o tivermos sempre em conta, como sucede com todos os carros elétricos que guiamos.
Esse é um ponto interessante pois nos elétricos ainda temos mais essa preocupação do que com os ‘combustão’ por causa da autonomia, coisa que não nos preocupa nos carros a gasolina, diesel ou híbridos. Não restam dúvidas que este SUV elétrico compacto passará a maior parte do tempo em ambientes urbanos, mas se assim não for, é melhor fazer previsões de carregamentos, tendo em conta o que costuma andar, por volta dos 250 Km (a quilometragem que realmente anda) e vá vendo o que lhe indica a bateria, pois o simples facto de rodar alguns quilómetros em ritmo mais acelerado faz cair a autonomia rapidamente. Ou seja, se tiver 50 Km de autonomia e 20 Km de autoestrada para fazer, tenha muito cuidado com o ritmo.
Outra coisa que tem de ter em atenção é que os três modos, Normal, Sport e Eco, variam muito o ‘drenar’ da bateria, sendo logicamente o Eco o mais ‘poupadinho’, até porque lhe tira muita potência ao motor. Tenha atenção se precisar de fazer ultrapassagens mais arriscadas.
Num posto de carga rápida, a bateria do novo Mokka-e recupera 80 por cento do estado de carga em apenas 30 minutos (corrente contínua a 100 kW). Além disso, o Opel Mokka está preparado para variadas opções de recarregamento, desde instalações monofásicas até trifásicas de 11 kW, desde ‘wallbox’ a tomada doméstica. A Opel oferece uma garantia de oito anos/160.000 km para a bateria. Da gama de acessórios faz parte um cabo de recarregamento ‘universal’, equipado com múltiplos adaptadores que permitem a ligação à grande maioria dos postos de recarregamento existentes na Europa. Este cabo especial revela-se útil em viagens mais longas.

 

Ao Volante

7/10

O Opel Mokka-e é um carro interessante de guiar, mas para este tipo de automóveis elétricos em que a sua função é essencialmente útil em zonas urbanas, é melhor esquecer muito a performance. Em modo Sport, os 136 cv chegam e sobram para aventuras divertidas, se porventura tiver pela frente uma estrada e queira desfrutar de algum prazer de condução. O carro guia-se bem, a suspensão é um pouco mole, mas isso também o torna confortável. A resposta do acelerador nem sempre é imediata e nos três modos de condução, no Eco, a potência do motor está limitada a 82 cv e 180 Nm de binário, no Normal a 109 cv e 220 Nm, enquanto no Sport o motor debita 136 cv e 260 Nm sendo que os modos de condução também afetam a assistência da direção.
O que não gostei muito foi dos travões, mas nada de muito especial, talvez seja mais uma questão de hábito.
O carro é alto, e fazer curvas mais rápidas significa um pouco de inclinação da carroçaria, mas nada de muito sensível. Na verdade, ‘apertar’ com este tipo de carro é quase um contrassenso, quando o que se quer é poupar a bateria, mas isso não invalida que por vezes possamos ter pressa, e por isso habitue-se gradualmente à forma como o Mokka curva mais em apoio. Quase de certeza se guiar um Astra não sente o mesmo. Mas os níveis de aderência são sempre suficientemente decentes. É um automóvel mais confortável do que eficiente na estrada.

Motor

7/10

O motor elétrico do Mokka-e tem 100 kW/136 cv e 260 Nm de binário máximo, tem três modos de condução: Eco, Normal e Sport, sendo que no primeiro, o Eco, dá-se naturalmente prioridade à autonomia.
A Bateria tem 50 kWh, autonomia de 324 km (norma WLTP), mas conte mais com 270 Km com pára-arranca (20%), zonas urbanas (30%) e estrada mais rápida (50%), em média, consegue facilmente os 270 Km, se tiver cuidado com a condução chega facilmente aos 300 Km, mas não conte com muito mais.
A travagem tem sistema de regeneração de energia, pode recarregar o Mokka-e até 80 por cento do estado de carga em apenas 30 minutos num posto de carga rápida DC (corrente contínua) a 100 kW. A aceleração de zero a 50 km/h em 3,7 segundos, de zero a 100 km/h em 9,0 segundos e tem como velocidade máxima de 150 km/h (limitada eletronicamente).

Balanço Final

7/10

O Opel Mokka-e tem uma aparência moderna e distinta, o motor e a autonomia não desiludem, longe disso, guia-se bem, sem ser distinto, mas é um pouco caro. É bem confortável, está muito bem insonorizado, bem equipado de série. Do lado mais negativo, o espaço atrás, a bagageira é apenas ‘quanto baste’ e os travões requerem hábito. Alguns plásticos do habitáculo ‘soam’ menos bem.
Talvez seja importante recordar que no fim deste ano vai haver uma nova motorização de 115 kW/156 cv, e uma nova bateria de 54 kWh de capacidade, logo mais autonomia que passa para os 400 quilómetros.
A concorrência neste segmento é dura, o Mokka não é o que tem mais autonomia, não é o mais barato, não é fundamentalmente diferente dos seus primos do grupo Stellantis, Peugeot e-2008 e o DS 3 E-Tense, mas tem a estética como forte argumento e não está assim tão longe da concorrência para ser descartado.

Preço da versão ensaiada 44.615€
Preço da versão base 40.365€
Preço versão base GS: 42.465 €

Concorrentes

Hyundai Kauai Electric, Premium EV 64 kW MY23, desde 44.300€, 150 kW/204 CV, autonomia 484 Km
Kia Niro EV 64 kWh Tech desde 46.950€, 204 cv, autonomia 455 Km
Mazda MX-30 e-SKYACTIV EV 145 cv desde 40.970€;
Peugeot e-2008, desde 36.840€, 54 kWh, 136cv, autonomia 305 Km
VW ID.3 desde 44.909€, 58 kWh, 150 kW/204 cv, autonomia 424 Km

Ficha Técnica

Comprimento (mm) 4151
Largura (mm, com/sem espelhos) 1987/1791
Altura (mm) 1532
Distância entre eixos (mm) 2561
Diâmetro de viragem, entre paredes (m) 11,08
Capacidade da bagageira (l) 310-1060
Sistema de motorização elétrica
Potência máxima (kW/cv) 100/136
Binário máximo (Nm) 260
Velocidade máxima (km/h, limitada eletronicamente) 150
0-50 km/h (segundos) 3,7
0-100 km/h (segundos) 9,1
Autonomia (km, WLTP11) 313-324
Consumo de energia (kWh/100 km, WLTP11) 18,0-17,4
Bateria Capacidade 50 kWh
Tempo de carga em posto de carga rápida (CC) ~ 30m (80% da carga) a 100kW
Potência máxima de recarga em AC 11 kW
Tempo total de recarga a 3,7 kW 17 h
Tempo total de recarga a 7,4 kW 8 h
Tempo total de recarga a 11 kW 5,25 h
Tempo de recarga de 0 a 80 % DC 30 min (100 kW)
Peso, incluindo o condutor (kg) 1598
Comprimento 4151 mm
Largura 1791 mm
Altura 1534 mm
Distância entre eixos 2.561 mm
Volume da bagageira
Volume com uma fila de bancos disponível 1.060 litros
Volume mínimo com duas filas de bancos disponíveis 310 litros
Número de lugares sentados 5
Transmissão
Tração dianteira
Caixa de velocidades Automática
Estrutura da suspensão dianteira Tipo McPherson
Mola da suspensão dianteira Mola helicoidal
Estrutura da suspensão traseira Tipo de elemento de torção
Tipo de travões dianteiros Disco ventilado
Tipo de travões traseiros Disco
Direção
Tipo de assistência Eléctrica
Pneus dianteiros 215/60 R17 96H
Pneus traseiros 215/60 R17 96H

Mais/Menos


Mais

Estética
Conforto
Insonorização
Bem equipado

Menos

Autonomia apenas razoável
Travões
Plásticos do habitáculo
Espaço atrás/bagageira

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 44.615€

Preço da versão base (Euros): 40.365€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

O Opel Mokka-e tem um design moderno e atraente, com linhas aerodinâmicas e uma aparência distinta e um estilo contemporâneo. Este Mokka estreou a nova filosofia de ‘design’ da Opel, com Opel Vizor e o Pure Panel, que é bastante apelativa e uma ‘quebra’ enorme com o passado recente da Opel no que ao design diz respeito. O carro é visualmente impactante, não é grande nem pequeno, é um pouco ‘encorpado’, as vias largas dão-lhe um bom aspeto, e pelos vistos a Opel conseguiu torná-lo eficiente em termos aerodinâmicos com um coeficiente de penetração no ar (cD) de apenas 0.32, o que como se sabe ajuda na procura da máxima eficiência e autonomia desta versão 100% elétrica.
O carro destaca-se pela inconfundível secção dianteira, Opel Vizor, que agrega a grelha, os faróis e o logótipo da marca num único módulo. O Mokka é bonito, tem presença marcante na estrada, para quem valoriza muito esse aspeto.

 

Interior

Como seria de esperar o interior reflete igualmente a filosofia de um novo ‘design’ e o Opel Pure Panel, que integra dois ecrãs digitais de grandes dimensões e está centrado no que é essencial, foi bem pensado e também muito importante, não tem demasiadas distrações, é intuito, embora, como todos, careçam de alguma atenção a aprendizagem.
Nota-se que há ali trabalho de simplificação digital, com o claro objetivo de não distrair o condutor. As funções mais importantes estão entregues a comandos diretos, sem ser preciso navegar através de submenus. Ainda existem botões físicos, mas o ecrã do Mokka quase os dispensava. Mas em nada incomodam.
De resto, alguns dos plásticos do habitáculo estão longe de ser os ideais.
Gostei também da insonorização, o Mokka-e é bem refinado.
A posição de condução está alta q.b, para mim é perfeita, já estou numa fase da vida em que gosto de ver bem a estrada, vê-se bem para a frente e para os lados, mas o pilar entre as portas dianteiras ‘trama’ um pouco a visibilidade para quem, como eu tem 1,82 m. É um pouco chato, mas nada de inultrapassável. As regulações do alcance e da altura do volante e do banco do condutor, permitem uma confortável posição de condução.
Quanto ao espaço, como se sabe este Mokka mudou de forma em relação ao carro que substituiu, é mais curto mas mais largo, e desde que os cinco ocupantes não sejam jogadores de basquetebol, tem capacidade para acomodar uma família, ainda que o espaço não seja soberbo. Longe disso. No que ao espaço traseiro diz respeito, tenho críticas a fazer, se os passageiros forem mais altos. A bagageira também pode ser considerada pequena em comparação com outros veículos do mesmo segmento.
Tendo em conta a gama, a qualidade interior não desaponta, mas também não deslumbra.

 

Equipamento

Em geral, o Opel Mokka elétrico oferece uma variedade de recursos e tecnologias comparáveis ​​aos seus concorrentes diretos no segmento de veículos elétricos compactos,
Um dos pontos a destacar é a iluminação LED de elevada qualidade, incluindo a mais recente geração de faróis adaptativos de matriz de LED IntelliLux, equipamento raro neste segmento de mercado. De série podemos contar ainda com alerta de colisão dianteira com travagem automática de emergência em cidade e deteção de peões, programador de velocidade com limitador, deteção de cansaço do condutor, reconhecimento de sinais de trânsito, programador de velocidade adaptativo com função Stop&Go em combinação com caixa automática, assistência ativa à manutenção em faixa de rodagem, alerta de ângulo cego, alerta de flancos, sistema de estacionamento automático, câmara traseira grande-angular (180º), sistemas de informação e entretenimento compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto, topo de gama Multimedia Navi Pro com navegação e mapas da Europa em 3D, recarregamento de telemóveis por indução (sem fios), serviços Opel Connect com navegação LIVE em tempo real, chamadas de emergência e assistência em estrada.
Bancos dianteiros ergonómicos, disponíveis forrados a couro e com função de massagem, versão desportiva GS Line com assinatura original vermelha que percorre a linha superior das janelas, elementos decorativos em preto, carroçaria em duas cores e interior com decoração em preto e vermelho e por fim climatização automática, fecho centralizado de portas e ignição sem chave. Claro que neste caso este ensaio foi realizado na versão de topo pelo que há que ver bem caso a caso, cada versão o que traz.

Consumos

O Consumo anunciado de energia (kWh/100 km, WLTP) é de 17.4, é nós com isso em mente, não fugimos muito desse valor, mas talvez tivesse um pouco mais de cidade ‘pura e dura’ do que o ideal, mas seja como for deu para perceber que o consumo do Mokka, se o tivermos sempre em conta, como sucede com todos os carros elétricos que guiamos.
Esse é um ponto interessante pois nos elétricos ainda temos mais essa preocupação do que com os ‘combustão’ por causa da autonomia, coisa que não nos preocupa nos carros a gasolina, diesel ou híbridos. Não restam dúvidas que este SUV elétrico compacto passará a maior parte do tempo em ambientes urbanos, mas se assim não for, é melhor fazer previsões de carregamentos, tendo em conta o que costuma andar, por volta dos 250 Km (a quilometragem que realmente anda) e vá vendo o que lhe indica a bateria, pois o simples facto de rodar alguns quilómetros em ritmo mais acelerado faz cair a autonomia rapidamente. Ou seja, se tiver 50 Km de autonomia e 20 Km de autoestrada para fazer, tenha muito cuidado com o ritmo.
Outra coisa que tem de ter em atenção é que os três modos, Normal, Sport e Eco, variam muito o ‘drenar’ da bateria, sendo logicamente o Eco o mais ‘poupadinho’, até porque lhe tira muita potência ao motor. Tenha atenção se precisar de fazer ultrapassagens mais arriscadas.
Num posto de carga rápida, a bateria do novo Mokka-e recupera 80 por cento do estado de carga em apenas 30 minutos (corrente contínua a 100 kW). Além disso, o Opel Mokka está preparado para variadas opções de recarregamento, desde instalações monofásicas até trifásicas de 11 kW, desde ‘wallbox’ a tomada doméstica. A Opel oferece uma garantia de oito anos/160.000 km para a bateria. Da gama de acessórios faz parte um cabo de recarregamento ‘universal’, equipado com múltiplos adaptadores que permitem a ligação à grande maioria dos postos de recarregamento existentes na Europa. Este cabo especial revela-se útil em viagens mais longas.

 

Ao volante

O Opel Mokka-e é um carro interessante de guiar, mas para este tipo de automóveis elétricos em que a sua função é essencialmente útil em zonas urbanas, é melhor esquecer muito a performance. Em modo Sport, os 136 cv chegam e sobram para aventuras divertidas, se porventura tiver pela frente uma estrada e queira desfrutar de algum prazer de condução. O carro guia-se bem, a suspensão é um pouco mole, mas isso também o torna confortável. A resposta do acelerador nem sempre é imediata e nos três modos de condução, no Eco, a potência do motor está limitada a 82 cv e 180 Nm de binário, no Normal a 109 cv e 220 Nm, enquanto no Sport o motor debita 136 cv e 260 Nm sendo que os modos de condução também afetam a assistência da direção.
O que não gostei muito foi dos travões, mas nada de muito especial, talvez seja mais uma questão de hábito.
O carro é alto, e fazer curvas mais rápidas significa um pouco de inclinação da carroçaria, mas nada de muito sensível. Na verdade, ‘apertar’ com este tipo de carro é quase um contrassenso, quando o que se quer é poupar a bateria, mas isso não invalida que por vezes possamos ter pressa, e por isso habitue-se gradualmente à forma como o Mokka curva mais em apoio. Quase de certeza se guiar um Astra não sente o mesmo. Mas os níveis de aderência são sempre suficientemente decentes. É um automóvel mais confortável do que eficiente na estrada.

Concorrentes

Hyundai Kauai Electric, Premium EV 64 kW MY23, desde 44.300€, 150 kW/204 CV, autonomia 484 Km
Kia Niro EV 64 kWh Tech desde 46.950€, 204 cv, autonomia 455 Km
Mazda MX-30 e-SKYACTIV EV 145 cv desde 40.970€;
Peugeot e-2008, desde 36.840€, 54 kWh, 136cv, autonomia 305 Km
VW ID.3 desde 44.909€, 58 kWh, 150 kW/204 cv, autonomia 424 Km

Motor

O motor elétrico do Mokka-e tem 100 kW/136 cv e 260 Nm de binário máximo, tem três modos de condução: Eco, Normal e Sport, sendo que no primeiro, o Eco, dá-se naturalmente prioridade à autonomia.
A Bateria tem 50 kWh, autonomia de 324 km (norma WLTP), mas conte mais com 270 Km com pára-arranca (20%), zonas urbanas (30%) e estrada mais rápida (50%), em média, consegue facilmente os 270 Km, se tiver cuidado com a condução chega facilmente aos 300 Km, mas não conte com muito mais.
A travagem tem sistema de regeneração de energia, pode recarregar o Mokka-e até 80 por cento do estado de carga em apenas 30 minutos num posto de carga rápida DC (corrente contínua) a 100 kW. A aceleração de zero a 50 km/h em 3,7 segundos, de zero a 100 km/h em 9,0 segundos e tem como velocidade máxima de 150 km/h (limitada eletronicamente).

Balanço final

O Opel Mokka-e tem uma aparência moderna e distinta, o motor e a autonomia não desiludem, longe disso, guia-se bem, sem ser distinto, mas é um pouco caro. É bem confortável, está muito bem insonorizado, bem equipado de série. Do lado mais negativo, o espaço atrás, a bagageira é apenas ‘quanto baste’ e os travões requerem hábito. Alguns plásticos do habitáculo ‘soam’ menos bem.
Talvez seja importante recordar que no fim deste ano vai haver uma nova motorização de 115 kW/156 cv, e uma nova bateria de 54 kWh de capacidade, logo mais autonomia que passa para os 400 quilómetros.
A concorrência neste segmento é dura, o Mokka não é o que tem mais autonomia, não é o mais barato, não é fundamentalmente diferente dos seus primos do grupo Stellantis, Peugeot e-2008 e o DS 3 E-Tense, mas tem a estética como forte argumento e não está assim tão longe da concorrência para ser descartado.

Preço da versão ensaiada 44.615€
Preço da versão base 40.365€
Preço versão base GS: 42.465 €

Mais

Estética
Conforto
Insonorização
Bem equipado

Menos

Autonomia apenas razoável
Travões
Plásticos do habitáculo
Espaço atrás/bagageira

Ficha técnica

Comprimento (mm) 4151
Largura (mm, com/sem espelhos) 1987/1791
Altura (mm) 1532
Distância entre eixos (mm) 2561
Diâmetro de viragem, entre paredes (m) 11,08
Capacidade da bagageira (l) 310-1060
Sistema de motorização elétrica
Potência máxima (kW/cv) 100/136
Binário máximo (Nm) 260
Velocidade máxima (km/h, limitada eletronicamente) 150
0-50 km/h (segundos) 3,7
0-100 km/h (segundos) 9,1
Autonomia (km, WLTP11) 313-324
Consumo de energia (kWh/100 km, WLTP11) 18,0-17,4
Bateria Capacidade 50 kWh
Tempo de carga em posto de carga rápida (CC) ~ 30m (80% da carga) a 100kW
Potência máxima de recarga em AC 11 kW
Tempo total de recarga a 3,7 kW 17 h
Tempo total de recarga a 7,4 kW 8 h
Tempo total de recarga a 11 kW 5,25 h
Tempo de recarga de 0 a 80 % DC 30 min (100 kW)
Peso, incluindo o condutor (kg) 1598
Comprimento 4151 mm
Largura 1791 mm
Altura 1534 mm
Distância entre eixos 2.561 mm
Volume da bagageira
Volume com uma fila de bancos disponível 1.060 litros
Volume mínimo com duas filas de bancos disponíveis 310 litros
Número de lugares sentados 5
Transmissão
Tração dianteira
Caixa de velocidades Automática
Estrutura da suspensão dianteira Tipo McPherson
Mola da suspensão dianteira Mola helicoidal
Estrutura da suspensão traseira Tipo de elemento de torção
Tipo de travões dianteiros Disco ventilado
Tipo de travões traseiros Disco
Direção
Tipo de assistência Eléctrica
Pneus dianteiros 215/60 R17 96H
Pneus traseiros 215/60 R17 96H

Preço da versão ensaiada (Euros): 44.615€
Preço da versão base (Euros): 40.365€