Opel Astra 1.6T PHEV GS Line – Ensaio Teste

By on 11 Outubro, 2022

Alemão com sotaque

O primeiro Opel Astra desenvolvido já sob algumas das ideias do Grupo Stellantis fez com que este se transformasse praticamente num irmão gémeo do Peugeot 308, algo que se nota em diversos componentes, mas também no sistema híbrido utilizado nesta versão, que é o mesmo. Ainda assim, os parâmetros de Rüsselsheim continuam a prevalecer, ficando a Opel encarregue da afinação do chassis e de diversas outras coisas que também incluem a estética do Astra e a ligação de família a diversos outros modelos da marca.

Texto: André Mendes

[email protected]


Mais:

– Sistema híbrido;
– Equipamento;
– Posição de condução;

Menos:

– Alguns acabamentos;
– Visibilidade traseira;
– Desenho do painel de instrumentos;

Exterior

7/10

Tirando o Grandland e o Mokka, que foram adotando algumas das novidades ainda antes do Astra chegar ao mercado, este é o primeiro modelo a adotar por completo a nova imagem da Opel estreada com o concept Manta GSe. Inclui o novo Opel Vizor na secção dianteira, com uma área em negro, em que os grupos óticos se integram no conjunto, e uma evolução da assinatura visual em LED. Em termos estéticos, o novo Opel Astra está muito bem conseguido e representa um grande avanço face ao seu antecessor. A carroçaria tem traços que a deixam parecer mais larga, especialmente nas cavas das rodas e continua presente a faixa central longitudinal no centro do capot, que é proveniente de diversos outros modelos e termina agora de uma forma discreta na terceira luz de travão da secção traseira. E aqui, também contamos com novos grupos óticos mais esguios e com um desenho mais estilizado, que deixam uma área central livre para as letras que formam a palavra Astra.

Interior

6/10

Uma vez a bordo é onde notamos muitas das semelhanças com outros modelos do Grupo Stellantis, começando na chave do carro e passando pelo desenho de diversos componentes, tais como o comando da caixa de velocidades automática, por exemplo, mas também de diversos botões e outros detalhes. O que não se compara com o Peugeot 308, no entanto, é a posição de condução, que assume aqui uma postura mais convencional, com um volante de tamanho correto e que serve de moldura para o painel de instrumentos, o que resulta numa posição ao volante bastante confortável e prática. Mantendo a tradição de modelos mais recentes da Opel, os assentos dianteiros incluem a certificação da AGR, garantindo uma boa ergonomia e conforto, e o espaço disponível, não sendo uma referência, é suficiente para que quatro pessoas consigam viajar com uma dose elevada de conforto. Lá atrás, há ainda uma bagageira com 352 litros de capacidade, já com os 70 litros necessários para as baterias do sistema híbrido diminuídos do valor original.

Menos positiva é a imagem um pouco mais cinzenta de todo o conjunto, mesmo com alguns elementos em vermelho na unidade ensaiada, e a integração dos monitores do infotainment e da instrumentação no enorme painel negro que lhes serve de moldura, uma vez que se notam perfeitamente os recortes feitos para a integração dos mesmos e, ainda assim, sobraram diversos espaços mais escuros que não servem para nada. E o desenho da instrumentação, com o objetivo de se fazer algo diferente, acabou por resultar em algo que não é visualmente muito interessante, mesmo com a vantagem de poder personalizar os seus ecrãs com o tipo de informação que acharmos ser mais utilizada.

Equipamento

8/10

Antes de chegarem as versões GSe já anunciadas para o início do próximo ano, a GS Line que nos foi disponibilizada para este ensaio é a que oferece o visual mais desportivo. Conta com pára-choques de visual mais agressivo e um acabamento escurecido em todos os logos e letras que compõem o nome deste modelo. Além disso, há ainda a possibilidade de incluir uma pintura de dois tons com o tejadilho em negro e um conjunto de jantes com a mesma escolha e com um visual mais escuro. No caso da unidade ensaiada, a presença da carroçaria pintada em Vermelho Kardio metalizado, fez com que as jantes passassem para a opção de 18 polegadas com inserções em vermelho e que contribuem para o visual mais sofisticado desta nova geração do Opel Astra. E neste caso, há diversos elementos no habitáculo que também recebem a mesma cor, ficando com um ambiente um pouco mais exclusivo.

Consumos

7/10

Um único litro de combustível é o que a Opel afirma ser necessário para que o Astra percorra 100 quilómetros num percurso misto, em que mais de metade inclui trajetos citadinos. Mas, honestamente, nós achamos que o Astra até consegue fazer melhor, caso a bateria do sistema esteja sempre carregada e o pé do lado direto tenha algum juízo e evite movimentos bruscos que possam baralhar a eletrónica. Caso contrário, o motor térmico entra em funcionamento e a média de consumo pode-se transformar na de uma versão familiar mais convencional com um motor a gasolina, ou seja, acima dos sete litros. No que diz respeito ao nosso ensaio, chegámos ao final com um valor de 5,7 litros indicados pelo computador de bordo.

Ao Volante

7/10

A afinação do chassis nota-se que é proveniente dos engenheiros da Opel, pois tem a mesma “assinatura” que reconhecemos de outros modelos e de gerações anteriores do Astra. Ou seja, a primeira impressão é que esta é demasiado mole e até algo elástica, mas à medida que vamos abusando e ganhando mais confiança, vamos percebendo que esta percentagem mole é a que nos oferece o exigido conforto para o dia-a-dia, uma vez que logo de seguida vem o toque mais firme, que sentimos em irregularidades mais pronunciadas ou numa zona de curvas mais sinuosa. E aqui, nesta versão GS Line de afinação um pouco mais desportiva, o Astra ainda se mantém como um modelo eficaz em estradas nacionais ou em outras com menos trânsito e onde é possível explorar um pouco melhor as suas capacidades dinâmicas.

Motor

7/10

O sistema híbrido do Astra Plug-in Hybrid é praticamente isento de críticas, uma vez que funciona de uma forma quase perfeita e dá um enorme destaque ao lado totalmente elétrico do conjunto, especialmente quando circulamos em cidade e com a bateria do sistema bastante carregada. O motor a gasolina é o bloco de 1,6 litros, com turbo, que já conhecemos de diversos outros modelos da Stellantis e, anteriormente, do Grupo PSA, o que é perfeito pois, desta forma, o sistema híbrido começa logo com uma boa base de trabalho. A potência do motor térmico é de 150 cavalos, mas com a ajuda do motor elétrico conseguimos uma potência máxima combinada do sistema híbrido de 180 cavalos e um binário máximo em torno dos 360 Nm.

Balanço Final

7/10

Tal como tem sido ao longo dos últimos anos, o novo Astra é uma espécie de aposta segura no mercado nacional. O sistema híbrido plug-in faz uma boa introdução ao mundo da eletrificação e mostra a sua eficiência de uma forma considerável, caso tenha acesso a um carregador de automóveis em casa. Só assim poderá descobrir uma nova rotina em que o motor térmico quase não é necessário. Os adeptos de um visual mais desportivo podem contar com esta versão GS Line, atualmente, mas no início do ano chegará a nova GSe, com um desenho ainda mais apurado e com a versão de 225 cavalos deste mesmo sistema híbrido.

Concorrentes

Peugeot 308 GT Plug-in Hybrid 180
Motor: Sistema híbrido (elétrico e gasolina) com motor térmico de 1,6 litros; 180 de potência combinada; Tração dianteira; Autonomia em modo elétrico: 66 km; Velocidade máx.: 225 km/h; Consumo combinado: 14,2 kWh/100 km/1,9 l/100 km; Preço 41.570 €

Volkswagen Golf 1.4 TSI GTE
Motor: Sistema híbrido (elétrico e gasolina) com motor térmico de 1,4 litros; 245 de potência combinada; Tração dianteira; Autonomia em modo elétrico: 61 km; Velocidade máx.: 225 km/h; Consumo combinado: 14,9 kWh/100 km/1,2 l/100 km; Preço 45.059 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 4 cil. em linha, injeção direta, turbo, gasolina (híbrido)
Cilindrada (cm3): 1.598
Potência máxima (CV/rpm): 150/6.000 (térmico) 180 (combinada)
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.750 (térmico) 360 (combinado)
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática de oito velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 7,6
Velocidade máxima (km/h): 225
Consumos misto (l/100 km): 1,0
Consumos misto (kWh/100 km): 14,0
Autonomia máxima – WLTP (km): 67 (79 em cidade)

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.374/1.860/1.442
Distância entre eixos (mm): 2.675
Largura de vias (fr/tr mm): 1.551/1.546
Peso (kg): 1.724
Capacidade da bagageira (l): 352
Pneus (fr/tr): 225/40 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 47.975 €
Preço da versão base (Euros): 43.075 €

Mais/Menos


Mais

– Sistema híbrido;
– Equipamento;
– Posição de condução;

Menos

– Alguns acabamentos;
– Visibilidade traseira;
– Desenho do painel de instrumentos;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 47975€

Preço da versão base (Euros): 43075€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Tirando o Grandland e o Mokka, que foram adotando algumas das novidades ainda antes do Astra chegar ao mercado, este é o primeiro modelo a adotar por completo a nova imagem da Opel estreada com o concept Manta GSe. Inclui o novo Opel Vizor na secção dianteira, com uma área em negro, em que os grupos óticos se integram no conjunto, e uma evolução da assinatura visual em LED. Em termos estéticos, o novo Opel Astra está muito bem conseguido e representa um grande avanço face ao seu antecessor. A carroçaria tem traços que a deixam parecer mais larga, especialmente nas cavas das rodas e continua presente a faixa central longitudinal no centro do capot, que é proveniente de diversos outros modelos e termina agora de uma forma discreta na terceira luz de travão da secção traseira. E aqui, também contamos com novos grupos óticos mais esguios e com um desenho mais estilizado, que deixam uma área central livre para as letras que formam a palavra Astra.

Interior

Uma vez a bordo é onde notamos muitas das semelhanças com outros modelos do Grupo Stellantis, começando na chave do carro e passando pelo desenho de diversos componentes, tais como o comando da caixa de velocidades automática, por exemplo, mas também de diversos botões e outros detalhes. O que não se compara com o Peugeot 308, no entanto, é a posição de condução, que assume aqui uma postura mais convencional, com um volante de tamanho correto e que serve de moldura para o painel de instrumentos, o que resulta numa posição ao volante bastante confortável e prática. Mantendo a tradição de modelos mais recentes da Opel, os assentos dianteiros incluem a certificação da AGR, garantindo uma boa ergonomia e conforto, e o espaço disponível, não sendo uma referência, é suficiente para que quatro pessoas consigam viajar com uma dose elevada de conforto. Lá atrás, há ainda uma bagageira com 352 litros de capacidade, já com os 70 litros necessários para as baterias do sistema híbrido diminuídos do valor original.

Menos positiva é a imagem um pouco mais cinzenta de todo o conjunto, mesmo com alguns elementos em vermelho na unidade ensaiada, e a integração dos monitores do infotainment e da instrumentação no enorme painel negro que lhes serve de moldura, uma vez que se notam perfeitamente os recortes feitos para a integração dos mesmos e, ainda assim, sobraram diversos espaços mais escuros que não servem para nada. E o desenho da instrumentação, com o objetivo de se fazer algo diferente, acabou por resultar em algo que não é visualmente muito interessante, mesmo com a vantagem de poder personalizar os seus ecrãs com o tipo de informação que acharmos ser mais utilizada.

Equipamento

Antes de chegarem as versões GSe já anunciadas para o início do próximo ano, a GS Line que nos foi disponibilizada para este ensaio é a que oferece o visual mais desportivo. Conta com pára-choques de visual mais agressivo e um acabamento escurecido em todos os logos e letras que compõem o nome deste modelo. Além disso, há ainda a possibilidade de incluir uma pintura de dois tons com o tejadilho em negro e um conjunto de jantes com a mesma escolha e com um visual mais escuro. No caso da unidade ensaiada, a presença da carroçaria pintada em Vermelho Kardio metalizado, fez com que as jantes passassem para a opção de 18 polegadas com inserções em vermelho e que contribuem para o visual mais sofisticado desta nova geração do Opel Astra. E neste caso, há diversos elementos no habitáculo que também recebem a mesma cor, ficando com um ambiente um pouco mais exclusivo.

Consumos

Um único litro de combustível é o que a Opel afirma ser necessário para que o Astra percorra 100 quilómetros num percurso misto, em que mais de metade inclui trajetos citadinos. Mas, honestamente, nós achamos que o Astra até consegue fazer melhor, caso a bateria do sistema esteja sempre carregada e o pé do lado direto tenha algum juízo e evite movimentos bruscos que possam baralhar a eletrónica. Caso contrário, o motor térmico entra em funcionamento e a média de consumo pode-se transformar na de uma versão familiar mais convencional com um motor a gasolina, ou seja, acima dos sete litros. No que diz respeito ao nosso ensaio, chegámos ao final com um valor de 5,7 litros indicados pelo computador de bordo.

Ao volante

A afinação do chassis nota-se que é proveniente dos engenheiros da Opel, pois tem a mesma “assinatura” que reconhecemos de outros modelos e de gerações anteriores do Astra. Ou seja, a primeira impressão é que esta é demasiado mole e até algo elástica, mas à medida que vamos abusando e ganhando mais confiança, vamos percebendo que esta percentagem mole é a que nos oferece o exigido conforto para o dia-a-dia, uma vez que logo de seguida vem o toque mais firme, que sentimos em irregularidades mais pronunciadas ou numa zona de curvas mais sinuosa. E aqui, nesta versão GS Line de afinação um pouco mais desportiva, o Astra ainda se mantém como um modelo eficaz em estradas nacionais ou em outras com menos trânsito e onde é possível explorar um pouco melhor as suas capacidades dinâmicas.

Concorrentes

Peugeot 308 GT Plug-in Hybrid 180
Motor: Sistema híbrido (elétrico e gasolina) com motor térmico de 1,6 litros; 180 de potência combinada; Tração dianteira; Autonomia em modo elétrico: 66 km; Velocidade máx.: 225 km/h; Consumo combinado: 14,2 kWh/100 km/1,9 l/100 km; Preço 41.570 €

Volkswagen Golf 1.4 TSI GTE
Motor: Sistema híbrido (elétrico e gasolina) com motor térmico de 1,4 litros; 245 de potência combinada; Tração dianteira; Autonomia em modo elétrico: 61 km; Velocidade máx.: 225 km/h; Consumo combinado: 14,9 kWh/100 km/1,2 l/100 km; Preço 45.059 €

Motor

O sistema híbrido do Astra Plug-in Hybrid é praticamente isento de críticas, uma vez que funciona de uma forma quase perfeita e dá um enorme destaque ao lado totalmente elétrico do conjunto, especialmente quando circulamos em cidade e com a bateria do sistema bastante carregada. O motor a gasolina é o bloco de 1,6 litros, com turbo, que já conhecemos de diversos outros modelos da Stellantis e, anteriormente, do Grupo PSA, o que é perfeito pois, desta forma, o sistema híbrido começa logo com uma boa base de trabalho. A potência do motor térmico é de 150 cavalos, mas com a ajuda do motor elétrico conseguimos uma potência máxima combinada do sistema híbrido de 180 cavalos e um binário máximo em torno dos 360 Nm.

Balanço final

Tal como tem sido ao longo dos últimos anos, o novo Astra é uma espécie de aposta segura no mercado nacional. O sistema híbrido plug-in faz uma boa introdução ao mundo da eletrificação e mostra a sua eficiência de uma forma considerável, caso tenha acesso a um carregador de automóveis em casa. Só assim poderá descobrir uma nova rotina em que o motor térmico quase não é necessário. Os adeptos de um visual mais desportivo podem contar com esta versão GS Line, atualmente, mas no início do ano chegará a nova GSe, com um desenho ainda mais apurado e com a versão de 225 cavalos deste mesmo sistema híbrido.

Mais

– Sistema híbrido;
– Equipamento;
– Posição de condução;

Menos

– Alguns acabamentos;
– Visibilidade traseira;
– Desenho do painel de instrumentos;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 4 cil. em linha, injeção direta, turbo, gasolina (híbrido)
Cilindrada (cm3): 1.598
Potência máxima (CV/rpm): 150/6.000 (térmico) 180 (combinada)
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.750 (térmico) 360 (combinado)
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática de oito velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 7,6
Velocidade máxima (km/h): 225
Consumos misto (l/100 km): 1,0
Consumos misto (kWh/100 km): 14,0
Autonomia máxima – WLTP (km): 67 (79 em cidade)

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.374/1.860/1.442
Distância entre eixos (mm): 2.675
Largura de vias (fr/tr mm): 1.551/1.546
Peso (kg): 1.724
Capacidade da bagageira (l): 352
Pneus (fr/tr): 225/40 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 47.975 €
Preço da versão base (Euros): 43.075 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 47975€
Preço da versão base (Euros): 43075€