DS 7 E-TENSE 4X4 300 Opera – Ensaio Teste

By on 9 Fevereiro, 2024

O DS7 não é propriamente uma novidade nas estradas nacionais, mas é um carro que merece destaque por se distinguir dos demais. DS Automobiles, fundada em 2014, é uma marca francesa de automóveis premium, subsidiária da Citroën e parte do grupo Stellantis. A DS Automobiles surgiu como uma submarca da Citroën em 2009, mas tornou-se uma marca independente em 2014. Destacou-se design elegante, tecnologia avançada e materiais de alta qualidade. E é exatamente isso que encontramos no DS7 que ensaiamos.

A versão, foi a E-Tense 4×4 300 Opera, PHEV, o topo da gama DS7. E não nos parece estarmos muito longe da verdade se dissermos que o DS7 incorpora tudo o que a DS queria ser. 


Mais:

Espaço

Conforto

Design

Menos:

Consumos

Infotainment

Exterior

8/10

O exterior do DS7 é um bom pronúncio do que iremos encontrar no interior. A frente destaca-se com linhas mais afiladas, que desenvolvem o equilíbrio de cada elemento.  A assinatura de luz torna-se num dos pontos centrais desde design, com a combinação dos novos faróis mais esguios DS PIXEL LED VISION 3.0 e das luzes diurnas DS LIGHT VEI. As DS WINGS e a grelha são maiores e o painel inferior foi redesenhado com uma nova gama de cores (dependendo das versões).  As luzes traseiras em LED, mais finas, com efeito de vórtice, foram também redesenhadas com um acabamento metálico escuro. A denominação “DS AUTOMOBILES” passa, agora, a assinar a traseira visualmente alargada do novo DS 7, em substituição da expressão “CROSSBACK”.  Se os gostos não se discutem, parece-nos que o DS7 será considerado pela grande maioria como um carro bonito, apelativo e elegante. As linhas exteriores mostram que se trata de um veículo distinto e as fotos nem sempre fazem justiça ao “feeling” que o carro dá ao vivo.

Interior

9/10

Se ficou conquistado pelo exterior, o interior vai ser ainda mais do seu agrado.  A atenção ao detalhe e os pormenores de bom gosto tornam a experiencia de condução, ou apenas de estar sentado dentro do DS7 aprazível. No caso deste nosso DS 7 OPERA que é proposto com duas cores de pele Nappa: Preto Basalt e Cinzento Pearl tivemos na primeira opção no veículo ensaiado. Tudo o que está à vista tem ar cuidado e ao toques, os materiais são agradáveis. Os estofos com um efeito drapeado no acabamento em pele Nappa estão agora aplicados no tablier e nos painéis das portas. Sem costuras ou juntas, mantêm a sensação e o aspeto do couro natural. A pele é ainda melhorada pelo processo de estampagem, com linhas equiparadas à assinatura DS LIGHT VEIL.  Ao nos sentarmos no carro, encontramos logo bancos confortáveis e a posição de condução ideal é encontrada sem grandes percalços. A nossa frente temos um painel de instrumentos configurável, com um aspeto visual agradável, com toda a informação disponível de forma simples. As configurações são feitas de forma mais ou menos intuitiva, mas a experiência de utilização é boa, com um volante confortável, com botões físicos que proporcionam uma utilização agradável. O ecrã de infotainment de 12 polegadas proporciona também uma utilização fluída q.b., com um sistema nem sempre fácil de usar e que carece de um período de adaptação. Também somos presenteados com botões digitais que complicam a utilização do sistema de climatização.  Atrás, o espaço é generoso, com duas pessoas a viajarem de forma muito tranquila, e confortável. O espaço de bagageira é também digno de nota. Em suma, muito espaço, interior distinto, num carro que nos acolhe com um toque de classe. 

Equipamento

8/10

O sistema de infotainment foi uma das maiores alterações no novo DS 7, com a inclusão do DS IRIS SYSTEM. Esta nova solução introduz uma interface totalmente renovada, completamente configurável e suportada por reconhecimento de voz natural. O redesenhado ecrã tátil de 12″ de alta resolução apresenta um menu composto por widgets, permitindo aceder a todas as suas funções com um único movimento: para controlar a navegação conectada, a ventilação, as fontes de áudio digital e a informação de viagem. Este permite também a visualização da frente e da retaguarda, proporcionada por novas câmaras digitais de alta resolução, e ainda o acesso à função Mirror Screen via wi-fi.  Um novo grande painel de instrumentos digital de 12 polegadas, com ecrãs que podem ser alterados e personalizados, conta com gráficos renovados com toda a informação vital, como o fluxo de energia nas versões híbridas plug-in. O sistema de som também merece destaque, pela sua qualidade.  O novo DS 7 também introduz tecnologias para maior conforto e relaxamento, como a DS ACTIVE SCAN SUSPENSION (sistema de amortecimento controlado por câmaras que é absolutamente único na sua classe) e a DS NIGHT VISION (uma câmara de infravermelhos analisa a faixa de rodagem e as suas laterais para detetar ciclistas, peões e animais a distâncias até 100 metros.).  A segurança é incrementada com o DS DRIVER ATTENTION MONITORING, que  analisa o nível de atenção do condutor através de duas câmaras.  O DS DRIVE ASSIST é o sistema de regulação de velocidade adaptativo, permitindo a paragem ou recomeço da marcha sem intervenção do condutor, ajudando também no posicionamento do carro na faixa de rodagem.

Consumos

7/10

Tratando-se de uma versão híbrida Plug in, há aqui vários fatores a ter em conta. Primeiro, no que diz respeito a condução 100% elétrica, obtivemos 40km de autonomia, o que é um bom número, mas ainda distante dos 65 anunciados em ciclo misto WLTP. Com uma condução híbrida, conseguimos 6,7l/100km. Os consumos, apesar de não terem sido maus, acabaram por desiludir um pouco. No entanto, não podemos esquecer que se trata de um veículo com quase duas toneladas e que o peso acaba por se refletir nos consumos. É importante destacar a capacidade de regeneração de energia que é ótima, com um modo específico para o efeito que permite que vá carregando as baterias à medida que usa o motor. 

Ao Volante

8/10

A sensação ao volante é boa para o que se pretende de um veículo deste segmento e desta tipologia. A suspensão permite um pisar confortável, agradável que permite enfrentar pisos mais irregulares sem problema. A visibilidade é boa e apesar de se tratar de um carro já com uma dimensão respeitável, no trânsito não sentimos que isso seja problema ao nível da visibilidade, nem ao nível da agilidade em situações onde é necessário mais jogo de cintura. O DS 7 está preparado para encarar andamentos mais animados e a dinâmica de condução para um carro deste tamanho é boa, mas não foi feito para o uso mais desportivo, com as viagens mais longas a serem o ponto forte. No arranque os quase 300 CV de potência fazem-se sentir e essa ajuda extra é bem-vinda em certas ultrapassagens. A experiência de condução é agradável e a sensação de requinte passa também para o que se sente ao volante desta proposta da DS. 

Motor

7/10

O motor de quatro cilindros em linha debita PureTech 200, com 200CV de potência e 300NM de binário, acoplado a dois motores elétricos de 110 e 112 CV em cada um dos eixos, oferecendo tração integral ( este conjunto oferece potência total de 300cv). Esta unidade motriz vem acoplada com uma bateria de 14,2kWh com um tempo de carregamentos de duas horas num carregador de 7,2  kWh. A unidade motriz faz o que lhe é pedido com competência, embora tenhamos ficado algo desapontados com os consumos, nada que seja deveras preocupante (até pelas dimensões, nomeadamente o peso) e que é compensado pela boa capacidade de regeneração. 

Balanço Final

8/10

Comprar um DS7 é mais do que comprar um carro. É uma experiência. Há carros nos “caem no goto” e este foi um deles. É um SUV, com tudo de bom e de mau que isso implica. Não é uma referência no que diz respeito a consumos. E a marca DS ainda não tem o glamour de outras (o tempo tratará disso). Mas o DS7 tudo o resto. É um carro com um caráter bem vincado, algo cada vez mais raro. Com ares de estrela francesa, oferece pormenores distintos. O exterior é bonito, o interior é ainda mais e a cada momento que passamos ao volante ficamos com a ideia que era uma ocasião especial. E esta sensação é cada vez mais difícil de encontrar. Claro que para isso terá de pagar um preço mais avultado, com os preços desta versão Opera a começarem nos 59 mil euros. Mas afinal, o especial e cada vez mais caro. Quem procurar por uma proposta distinta e com bom gosto, tem neste DS 7 E-Tens Opera um excelente alvo. 

Concorrentes

Alfa Romeo Tonale PLUG-IN HYBRID Q4 206KW (280CV) TRIBUTO – Desde 61 mil euros

Audi Q3 Sportback 45 TFSIe S tronic S line –  Desde 58 mil euros

Jaguar E-PACE R-DYNAMIC SE P300e PHEV – Desde 68 mil euros

Mercedes-Benz GLA 250 e – Desde 56 mil euros 

Ficha Técnica

Comprimento 4.593 mm

Largura 1.891 mm

Altura 1.625 mm

Peso 1,911 kg

Velocidade máxima 235 km/h

Aceleração 0-100 km/h 5,9 s

Consumo de combustível  – 6,7l/100km (obtido em utilização mista)

Autonomia eléctrica 40 km

Depósito de combustível  – Gasolina: 43 l

Volume da bagageira 555 litros

Potência máxima 300 cv / 221 kW

Binário máximo 520 Nm

Número de cilindros 4

Disposição dos cilindros Em linha

Transmissão – Tração integral

Caixa de velocidades Automática de 8 velocidades

Mais/Menos


Mais

Espaço

Conforto

Design

Menos

Consumos

Infotainment

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

O exterior do DS7 é um bom pronúncio do que iremos encontrar no interior. A frente destaca-se com linhas mais afiladas, que desenvolvem o equilíbrio de cada elemento.  A assinatura de luz torna-se num dos pontos centrais desde design, com a combinação dos novos faróis mais esguios DS PIXEL LED VISION 3.0 e das luzes diurnas DS LIGHT VEI. As DS WINGS e a grelha são maiores e o painel inferior foi redesenhado com uma nova gama de cores (dependendo das versões).  As luzes traseiras em LED, mais finas, com efeito de vórtice, foram também redesenhadas com um acabamento metálico escuro. A denominação “DS AUTOMOBILES” passa, agora, a assinar a traseira visualmente alargada do novo DS 7, em substituição da expressão “CROSSBACK”.  Se os gostos não se discutem, parece-nos que o DS7 será considerado pela grande maioria como um carro bonito, apelativo e elegante. As linhas exteriores mostram que se trata de um veículo distinto e as fotos nem sempre fazem justiça ao “feeling” que o carro dá ao vivo.

Interior

Se ficou conquistado pelo exterior, o interior vai ser ainda mais do seu agrado.  A atenção ao detalhe e os pormenores de bom gosto tornam a experiencia de condução, ou apenas de estar sentado dentro do DS7 aprazível. No caso deste nosso DS 7 OPERA que é proposto com duas cores de pele Nappa: Preto Basalt e Cinzento Pearl tivemos na primeira opção no veículo ensaiado. Tudo o que está à vista tem ar cuidado e ao toques, os materiais são agradáveis. Os estofos com um efeito drapeado no acabamento em pele Nappa estão agora aplicados no tablier e nos painéis das portas. Sem costuras ou juntas, mantêm a sensação e o aspeto do couro natural. A pele é ainda melhorada pelo processo de estampagem, com linhas equiparadas à assinatura DS LIGHT VEIL.  Ao nos sentarmos no carro, encontramos logo bancos confortáveis e a posição de condução ideal é encontrada sem grandes percalços. A nossa frente temos um painel de instrumentos configurável, com um aspeto visual agradável, com toda a informação disponível de forma simples. As configurações são feitas de forma mais ou menos intuitiva, mas a experiência de utilização é boa, com um volante confortável, com botões físicos que proporcionam uma utilização agradável. O ecrã de infotainment de 12 polegadas proporciona também uma utilização fluída q.b., com um sistema nem sempre fácil de usar e que carece de um período de adaptação. Também somos presenteados com botões digitais que complicam a utilização do sistema de climatização.  Atrás, o espaço é generoso, com duas pessoas a viajarem de forma muito tranquila, e confortável. O espaço de bagageira é também digno de nota. Em suma, muito espaço, interior distinto, num carro que nos acolhe com um toque de classe. 

Equipamento

O sistema de infotainment foi uma das maiores alterações no novo DS 7, com a inclusão do DS IRIS SYSTEM. Esta nova solução introduz uma interface totalmente renovada, completamente configurável e suportada por reconhecimento de voz natural. O redesenhado ecrã tátil de 12″ de alta resolução apresenta um menu composto por widgets, permitindo aceder a todas as suas funções com um único movimento: para controlar a navegação conectada, a ventilação, as fontes de áudio digital e a informação de viagem. Este permite também a visualização da frente e da retaguarda, proporcionada por novas câmaras digitais de alta resolução, e ainda o acesso à função Mirror Screen via wi-fi.  Um novo grande painel de instrumentos digital de 12 polegadas, com ecrãs que podem ser alterados e personalizados, conta com gráficos renovados com toda a informação vital, como o fluxo de energia nas versões híbridas plug-in. O sistema de som também merece destaque, pela sua qualidade.  O novo DS 7 também introduz tecnologias para maior conforto e relaxamento, como a DS ACTIVE SCAN SUSPENSION (sistema de amortecimento controlado por câmaras que é absolutamente único na sua classe) e a DS NIGHT VISION (uma câmara de infravermelhos analisa a faixa de rodagem e as suas laterais para detetar ciclistas, peões e animais a distâncias até 100 metros.).  A segurança é incrementada com o DS DRIVER ATTENTION MONITORING, que  analisa o nível de atenção do condutor através de duas câmaras.  O DS DRIVE ASSIST é o sistema de regulação de velocidade adaptativo, permitindo a paragem ou recomeço da marcha sem intervenção do condutor, ajudando também no posicionamento do carro na faixa de rodagem.

Consumos

Tratando-se de uma versão híbrida Plug in, há aqui vários fatores a ter em conta. Primeiro, no que diz respeito a condução 100% elétrica, obtivemos 40km de autonomia, o que é um bom número, mas ainda distante dos 65 anunciados em ciclo misto WLTP. Com uma condução híbrida, conseguimos 6,7l/100km. Os consumos, apesar de não terem sido maus, acabaram por desiludir um pouco. No entanto, não podemos esquecer que se trata de um veículo com quase duas toneladas e que o peso acaba por se refletir nos consumos. É importante destacar a capacidade de regeneração de energia que é ótima, com um modo específico para o efeito que permite que vá carregando as baterias à medida que usa o motor. 

Ao volante

A sensação ao volante é boa para o que se pretende de um veículo deste segmento e desta tipologia. A suspensão permite um pisar confortável, agradável que permite enfrentar pisos mais irregulares sem problema. A visibilidade é boa e apesar de se tratar de um carro já com uma dimensão respeitável, no trânsito não sentimos que isso seja problema ao nível da visibilidade, nem ao nível da agilidade em situações onde é necessário mais jogo de cintura. O DS 7 está preparado para encarar andamentos mais animados e a dinâmica de condução para um carro deste tamanho é boa, mas não foi feito para o uso mais desportivo, com as viagens mais longas a serem o ponto forte. No arranque os quase 300 CV de potência fazem-se sentir e essa ajuda extra é bem-vinda em certas ultrapassagens. A experiência de condução é agradável e a sensação de requinte passa também para o que se sente ao volante desta proposta da DS. 

Concorrentes

Alfa Romeo Tonale PLUG-IN HYBRID Q4 206KW (280CV) TRIBUTO – Desde 61 mil euros

Audi Q3 Sportback 45 TFSIe S tronic S line –  Desde 58 mil euros

Jaguar E-PACE R-DYNAMIC SE P300e PHEV – Desde 68 mil euros

Mercedes-Benz GLA 250 e – Desde 56 mil euros 

Motor

O motor de quatro cilindros em linha debita PureTech 200, com 200CV de potência e 300NM de binário, acoplado a dois motores elétricos de 110 e 112 CV em cada um dos eixos, oferecendo tração integral ( este conjunto oferece potência total de 300cv). Esta unidade motriz vem acoplada com uma bateria de 14,2kWh com um tempo de carregamentos de duas horas num carregador de 7,2  kWh. A unidade motriz faz o que lhe é pedido com competência, embora tenhamos ficado algo desapontados com os consumos, nada que seja deveras preocupante (até pelas dimensões, nomeadamente o peso) e que é compensado pela boa capacidade de regeneração. 

Balanço final

Comprar um DS7 é mais do que comprar um carro. É uma experiência. Há carros nos “caem no goto” e este foi um deles. É um SUV, com tudo de bom e de mau que isso implica. Não é uma referência no que diz respeito a consumos. E a marca DS ainda não tem o glamour de outras (o tempo tratará disso). Mas o DS7 tudo o resto. É um carro com um caráter bem vincado, algo cada vez mais raro. Com ares de estrela francesa, oferece pormenores distintos. O exterior é bonito, o interior é ainda mais e a cada momento que passamos ao volante ficamos com a ideia que era uma ocasião especial. E esta sensação é cada vez mais difícil de encontrar. Claro que para isso terá de pagar um preço mais avultado, com os preços desta versão Opera a começarem nos 59 mil euros. Mas afinal, o especial e cada vez mais caro. Quem procurar por uma proposta distinta e com bom gosto, tem neste DS 7 E-Tens Opera um excelente alvo. 

Mais

Espaço

Conforto

Design

Menos

Consumos

Infotainment

Ficha técnica

Comprimento 4.593 mm

Largura 1.891 mm

Altura 1.625 mm

Peso 1,911 kg

Velocidade máxima 235 km/h

Aceleração 0-100 km/h 5,9 s

Consumo de combustível  – 6,7l/100km (obtido em utilização mista)

Autonomia eléctrica 40 km

Depósito de combustível  – Gasolina: 43 l

Volume da bagageira 555 litros

Potência máxima 300 cv / 221 kW

Binário máximo 520 Nm

Número de cilindros 4

Disposição dos cilindros Em linha

Transmissão – Tração integral

Caixa de velocidades Automática de 8 velocidades