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Renault Twingo Electric: conduzimos o elétrico mais barato do mercado

By on 17 Dezembro, 2020

Desde 1992, ano de lançamento do inconfundível Twingo, a Renault já vendeu perto de 4 milhões de unidades do seu citadino. Agora, 28 anos depois e já na sua terceira geração, o Twingo eletrifica-se por completo, ganhando ainda mais o estatuto de rei e senhor da cidade e nós já o conduzimos.

O Twingo Electric promete revolucionar a mobilidade elétrica nas cidades. Para isso, troca o motor de três cilindros por um elétrico e ganha uma bateria de 22 kWh, alterações que em nada influenciaram o espaço a bordo, nem a tão elogiada manobrabilidade do mais pequeno dos Renault, excluindo o Twizy, obviamente. Tal só foi possível porque a plataforma que utiliza foi pensada desde início para receber esta motorização de zero emissões. O motor elétrico é partilhado com o Zoe e produz aqui 82 cavalos e 160 Nm. São números bem ajustados ao peso do Twingo e à sua utilização em cidade, permitindo acelerar de 0 a 50 km/h em apenas 4,2 segundos. A velocidade máxima de 135 km/h permite-lhe, também, abandonar os centros urbanos e lançar-se na autoestrada.

Consumo convenceu

Para o conhecermos, por ocasião da sua apresentação nacional, fomos até Loures, ao novo concessionário da Renault, ponto de partida para o percurso misto de 80 quilómetros onde pudemos tomar um primeiro contacto com o Twingo puramente elétrico. Atirámo-lo, de imediato, para a autoestrada e apontámo-lo em direção ao centro de Lisboa, cenário onde a genica do Twingo tem poucos rivais à altura do seu desempenho. Gostámos da aceleração e da agilidade já conhecida das versões térmicas, fintando o trânsito com facilidade e em silêncio. Já junto do Tejo, seguimos até Alverca e regressámos a Loures por um traçado mais sinuoso que convidou a aumentar um pouco o ritmo e assim “brincar” um pouco com uma proposta que não sendo desportiva, é muito divertida. O consumo final, com recurso ao modo “Eco” e ao nível intermédio de travagem regenerativa – o Twingo Electric dispõe de 3 – ficou-se pelos 12 kWh/100 km. Gastámos 45% da bateria e ficámos ainda com 113 quilómetros de autonomia restante.

Bateria chega para a semana toda

Em média, um veículo de segmento A percorre 30 quilómetros por dia e por isso a Renault diz, e bem, que o seu Twingo elétrico, com 190 quilómetros de autonomia WLTP, extensíveis a 270 em ciclo urbano, consegue ser utilizado durante toda a semana, necessitando apenas de ser carregado uma vez nesse período. E quando chegar a altura, graças ao carregador inteligente Caméléon partilhado com o Zoe, capaz de se adaptar à potência disponível, pode fazê-lo numa tomada doméstica, wallbox ou nos postos públicos de corrente alternada até 22 kW. Nestes últimos, é possível recuperar 80 quilómetros de autonomia em 30 minutos. Passando ao interior, um habitáculo prático e jovem, tal como os dos restantes Twingo, mas que passa a incluir, por exemplo, informação sobre o fluxo de energia no painel de instrumentos e um sistema de infotainment com informação específica em tempo real e que poderá incluir, por exemplo, a localização e disponibilidade de postos de carregamento, bem como o alcance do Twingo, visível em mapa, consoante a bateria disponível.

O elétrico mais barato do mercado

O Twingo Electric chega a Portugal já em janeiro e estará

disponível em dois níveis de equipamento, o de acesso, Zen, e um mais recheado

denominado por Intens, como é hábito nas gamas da Renault. O primeiro é

proposto por 22 200 euros e inclui elementos como o ar condicionado

automático, o sistema multimédia Easy Link com display de 7 polegadas com

replicação do smartphone, retrovisores elétricos e sensores de luz e chuva. Já

o Intens, com uma diferença de 1000 euros, adiciona à lista de equipamento

outros elementos como o sistema de navegação, os sensores e câmara de

estacionamento e os vidros escurecidos. Em ambas as versões, a bateria está

incluída no preço final, agora a única modalidade de aquisição possível,

transversal a toda a restante gama de automóveis elétricos da Renault.

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