Portugal 9.º entre os que aplicam multas mais pesadas por excesso de velocidade
Quase um milhão de condutores já perdeu pontos

Em 2020 há mais condutores apanhados em excesso de velocidade

By on 30 Outubro, 2020

Todos sabemos que 2020 é um ano atípico para o mundo graças

à pandemia de coronavírus. De facto, o confinamento ajudou a reduzir o número

de veículos nas estradas portuguesas e, por isso, registam-se menos acidentes. De

acordo com o relatório de sinistralidade da Autoridade Nacional de Segurança

Rodoviária (ANSR), entre janeiro e setembro de 2020 aconteceram 19 214 acidentes

com vítimas no Continente, o que representa uma redução face ao período

homólogo em 2019: menos 7 092 acidentes com vítimas, uma diminuição de

27%.

Por outro lado, durante o mesmo período em 2020 foram fiscalizados mais de 85 milhões e 500 mil veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, tendo-se verificado um aumento total de fiscalização de 30,9% em relação aos mesmos meses em 2019. Ou seja, se por um lado há menos acidentes, por outro as entidades de segurança rodoviária estão mais presentes nas estradas. Perante isto, o relatório mostra-nos que deste número gigante de veículos fiscalizados, 946 mil foram “apanhados” a cometer infrações, o que remete para uma diminuição de 2,5% face aos primeiros nove meses do ano anterior. Feitas as contas, há mais fiscalização, mas os condutores estão mais respeitadores das regras, o que é sempre um dado positivo.

Porém, há ainda outro ponto neste relatório da ANSR que merece um destaque especial. Apesar de menos infrações aumentou bastante o número de condutores apanhados em excesso de velocidade. Neste ponto as forças de segurança rodoviária registaram 600 523 veículos a velocidades fora da lei, o que representa um aumento de 24% face a 2019. “Relativamente à tipologia das infrações, 63,5% do total registado entre janeiro e setembro corresponderam a excesso de velocidade, sendo que as outras infrações assumiram um peso menos relevante”, podemos ler no relatório. Este dado pode estar associado a menos trânsito nas estradas portuguesas e, por consequência, os condutores atingem velocidades superiores com mais facilidade.

Fonte: Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

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